TJRJ inicia capacitação da Ouvidoria para atendimento a mulheres vítimas de violência
Fragilizada, em busca de ajuda, uma mulher vítima de violência precisa de um atendimento que lhe dê segurança e tenha um encaminhamento correto junto à rede de apoio. Com o objetivo de garantir às mulheres que sofrem todo tipo de agressão a melhor assistência quando procuram ajuda, a Ouvidoria do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) promoveu, na tarde desta segunda-feira (18/10), um curso de capacitação para funcionários aprenderem a atender e orientar de forma adequada os casos de violência doméstica que sejam reportados e cheguem à instituição.
O treinamento foi feito pela juíza titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Adriana Ramos de Mello, que integra a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem) e sua equipe.
“Nós temos, somente aqui no TJRJ, uma rede de acolhimento, projetos e ações que podem salvar a vida da mulher que sofre qualquer tipo de agressão. Fui convidada pela ouvidora-geral do Tribunal, a juíza Juliana Kalichztein, para fazer parte da iniciativa, fundamental para o enfrentamento da violência e treinamento de quem está na ponta e no primeiro atendimento”, disse a juíza Adriana Mello.
Para a ouvidora-geral do TJRJ, juíza Juliana Kalichztein, melhorar e garantir um atendimento em um momento de grande fragilidade para todas as mulheres é o ponto central da ouvidoria.
“Temos uma média de 3 mil atendimentos por mês e, entre eles, o atendimento a mulheres vítimas de violência. Temos a Ouvidoria Mulher, um canal direto com a Justiça, e somos uma equipe nova, que chegou em fevereiro, inauguramos novas instalações e queremos contribuir para esse importante trabalho. E a maneira para conhecer toda essa estrutura é fornecer aos nossos servidores e colaboradores um treinamento, uma boa capacitação e conhecimento de toda a rede de proteção e atendimento”, afirmou a magistrada, na abertura do treinamento.
A Lei Maria da Penha, o que prevê, o que garante e as formas de crimes praticados foram abordados pela juíza da Coem, que mostrou todas as possibilidades de violência contra a mulher e os caminhos de ajuda que podem ser oferecidos já num primeiro contato com a Ouvidoria.
De acordo com a juíza Adriana Mello, a cada dois meses, novos temas serão abordados no curso de capacitação para os servidores. Mas não é só isso: além da rede de proteção e atendimento oferecida pelo TJRJ, os servidores da Ouvidoria vão tomar conhecimento dos serviços que garantem proteção nesses casos, como as casas abrigo, delegacias, entre outros tão importantes.
PF / MB
Fotos: Brunno Dantas/TJRJ