Viúva e mais dois acusados da morte do embaixador grego serão levados a júri
A viúva e os outros dois acusados pelo assassinato do embaixador grego no Brasil, Kyriakos Amiridis, tiveram confirmado o julgamento pelo Tribunal de Júri de Nova Iguaçu. A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou provimento aos recursos em sentido estrito de Françoise de Souza Oliveira, do seu amante, Sérgio Gomes Moreira, e do primo deste, Eduardo Moreira Tedeschi, que contestavam a pronúncia pelo crime decidida pelo juízo da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Além da contestação da pronúncia, Françoise pediu também a conversão da prisão preventiva em domiciliar.
Segundo a denúncia, Kyriakos foi morto na noite de 26 de dezembro de 2016 em casa, situada no Condomínio Bom Clima, no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Os acusados tiveram a entrada facilitada por Françoise, que vivia há 15 anos com o embaixador grego, mas mantinha um romance com Sérgio. O motivo seria o interesse na administração futura da herança e da pensão a serem deixadas para a filha, de 10 anos, fruto do casamento de Kyriakos e Françoise. Eduardo receberia R$ 80 mil pela sua participação.
A relatora do processo, desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat, negou provimento ao recurso dos réus e observou que:
“É, irretocável a decisão atacada para submeter os recorrentes ao crivo do Conselho de Sentença, momento em que as provas colhidas serão examinadas e sujeitas à confirmação ou modificação, não há nulidade ou motivo para a reforma do referido pronunciamento judicial, pois há nos autos prova da materialidade e indícios de autoria”.
Processo 0012463-23.2016.8.19.0029
PC/JGP