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Ministro Luís Felipe Salomão faz análise da evolução do STJ em aula magna
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 16/10/2018 20:14

Em aula magna no Centro de Ensino Unificado de Brasília, transmitida pela TV Justiça, por ocasião da celebração dos 30 anos da Constituição Federal, o ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, fez uma análise da evolução do chamado Tribunal da Cidadania e da Constituição de 1988.

“A história do STJ é um pouco a história da Constituição; a certidão de nascimento do Tribunal que integro hoje é justamente a Constituição de 1988”, destacou o ministro Luís Felipe, na aula do programa Saber Direito, em que tratou também da evolução do direito privado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça.

O ministro Luís Felipe Salomão baseou sua aula em três ideias expressas por personalidades do país e do exterior. Ele começou citando o juiz Antonin Scalia (1936-2016), que integrou a Suprema Corte dos Estados Unidos até 2016, quando morreu:

“Nós seguimos o modelo de controle constitucional norte-americano. E foi de Scalia uma das frases que nos ajuda a entender esse sistema: “Os juízes não têm ideia de qual é a vontade do povo porque trabalham em palácios de mármore”, afirmou o ministro.

Ainda em sua exposição, Luís Felipe Salomão, que foi juiz e desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, assinalou que a segunda ideia de sua aula está baseada na frase do economista e professor Mário Henrique Simonsen (1935-1997):

“O problema mais difícil do mundo bem enunciado um dia será resolvido. Mas se o problema for mal enunciado, jamais será solucionado”, disse Simonsen. Muito do que temos para dizer ganha importância devido a forma como dizemos”, observou Salomão.

A terceira ideia apresentada pelo ministro foi a frase do escritor espanhol Javier Marías, no romance “Assim começa o mal”:

“Como nos muda a reação adversa”. Pode reparar que quando a gente começa qualquer conversa, quando há uma reação adversa a gente já muda o ânimo de como encarar essa conversa. Assim também são as fórmulas do direito que nós vamos trabalhar se tivermos um olhar simpático a elas”, destacou o ministro Luís Felipe Salomão.

JAB/AB