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Magistrados e professores debatem o uso da tecnologia na resolução de conflitos
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 03/06/2019 15:37

                                                             Desembargador André Gustavo destaca que se vive hoje em um mundo digital

Visando uma integração entre os países latino-americanos com uma discussão em torno do uso da tecnologia na resolução dos conflitos, começou nesta segunda-feira (3/06), na Escola da Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj), o 1º Encontro Latino-Americano de Resolução de Conflitos 4.0 “Uma Ruptura Inevitável”.

Para o desembargador Cesar Cury, presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), este é o segundo dos três encontros com representantes de vários países latino-americanos. O primeiro foi em abril, em Buenos Aires, e o terceiro acontecerá em setembro, no México. Cesar Cury, que fará, na terça-feira (4/6) à tarde, a palestra de encerramento, destacou a importância do evento para o conhecimento de propostas adequadas à realidade de cada país, encontrando modelos que visem a solução dos conflitos.

O diretor-geral da Emerj, desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade, assinalou que a relação da sociedade atual com a tecnologia exige a introdução de outros meios para a mediação e na conciliação. Segundo ele, a justiça vertical, de cima para baixo, não é o único meio de solucionar as questões da sociedade atual. Esse modelo não vai desparecer, mas a tecnologia é uma realidade que não se pode fugir. A ferramenta veio para ajudar, sem ter o papel de substituir o homem, disse o diretor da Emerj, lembrando a crítica de alguns juristas. André Gustavo afirmou que o mundo ficou digital.

Para a desembargadora Luisa Bottrel, vice-presidente do Fórum de Métodos Adequados de Resolução de Conflitos, as gerações se mostram perplexas com a evolução tecnológica e, como exemplo, citou as múltiplas funções que hoje estão disponíveis no celular. Por isso, destacou a importância de um debate sobre o impacto no Direito da revolução 4.0, que tem o uso de novas tecnologias e da informação.

Participaram ainda da abertura, os desembargadores Alexandre Freitas Câmara, André Gustavo Corrêa Andrade e o professor Alberto Elisavetsky, presidente da ODR Latino-americana.

A primeira palestra foi do professor Georges Abbour, da FADISP, sobre “O Direito perante a Complexidade Social: da decisão à proceduralização”. O seminário também terá palestras sobre Inteligência Artificial, Plataformas de Resolução de Conflitos, Dilemas no Processo Decisório pelas Máquinas, Decisões Automatizadas no Judiciário e Proteção de Dados e outras.

PC/SD

Fotos: Brunno Dantas/TJRJ