Adiado julgamento de casal acusado de ocultar corpo de menina em Barra do Piraí
O juiz Diego Ziemiecki, da 2ª Vara de Barra do Piraí, adiou o julgamento de Christiane de Oliveira Laport e seu namorado, Carlos Rhamon Manoel Ferreira, acusados de ocultar o cadáver da menina Júlia Laport Quintanilha, de 11 anos. O adiamento se deu pelo não comparecimento das testemunhas Viviam de Oliveira Teixeira Dias, irmã da ré, e Gabriel Silva Dias. O próximo julgamento foi remarcado para o dia 25 de setembro, às 10:00.
Júlia Laport Quintanilha tinha Síndrome de West, doença grave que ocasiona epilepsia de difícil controle e deficiência mental grave, o que fazia com que tivesse nível cognitivo compatível ao de uma criança de 6 a 8 meses.
De acordo com a denúncia, Christiane costumava sair para beber e frequentar eventos noturnos, como bailes funk, e deixava Julia sozinha em casa. A criança chegou a ser vista pela tia materna, que percebeu que ela estaria muito magra e só mexia os olhos, encontrando-se em local que “fedia muito, com fezes, vômitos e urina”.
Em julho de 2018, a criança morreu e seu cadáver foi ocultado primeiro no armário da residência e, depois, levado por Christiane e Carlos em uma mala que foi abandonada em uma mata. A comunicação do desaparecimento da menina foi feita seis meses após sua morte, após mobilização de seus familiares diante da ausência de informações sobre o seu paradeiro.
Christiane também responde por abandono de incapaz por ter, segundo o Ministério Público, abandonado diversas vezes a filha sozinha em casa.
Número do processo: 0000374-32.2019.8.19.0006
MM/FS