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Tribunal de Justiça do Rio empossa mais 101 novos servidores
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 23/09/2019 19:15

                                                                                                      Psicóloga Cyntia Carvalho levou o filho, Gabriel, e a mãe, Selma

 

Decidida a recomeçar a vida na Escócia com a irmã e os filhos, Cyntia Carvalho, de 40 anos, nem pensava que uma boa notícia a traria de volta às terras brasileiras. Sua esperada convocação para ser psicóloga do Tribunal de Justiça do Rio chegou quando ela já havia se instalado na Europa. Com mestrado em Psicologia Forense e tempo de trabalho no exterior, ela não vê a hora de poder aplicar no Judiciário fluminense a experiência que acumulou fora do país. Cyntia e outros cem servidores aprovados no concurso de 2014 tomaram posse nesta segunda-feira (23/9), em solenidade no Auditório Antônio Carlos Amorim, no Fórum Central.

- Fiquei muito feliz por poder voltar. Esse é o caminho que tenho de seguir, é muito gratificante. Sei que há muito trabalho a fazer e espero melhorar em todos os níveis buscando a justiça com profissionais imparciais e com aprimoramento pessoal. É uma oportunidade única, estudei muito para isso - disse ela ao lado do filho Gabriel, de 5 anos, que compareceu à cerimônia de posse. Rafael, de 7, ainda está no exterior.

 

                                       O técnico de atividade judiciária Pedro Henrique Souto contou com a presença dos seus pais, filhos e da esposa, que está grávida

 

À espera da pequena Eva para daqui a cerca de um mês, Pedro Henrique Nascimento Souto, de 37 anos, que já tem dois filhos, respira mais aliviado por estar com a segurança de um cargo público quando a bebê nascer. Pai de Miguel, de 7 anos, e Nicole, de 10, o agora técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Rio espera poder dar à caçula a atenção que não pôde dar aos mais velhos em seus primeiros anos de vida por conta do tempo investido em estudos para ser aprovado em um concurso público.

Trabalhando como advogado autônomo desde 2017, Pedro Henrique, que tem perda auditiva, foi aprovado em 22º lugar na cota de portadores de necessidades especiais (PNE). O caminho para a aprovação foi difícil, mas o apoio da família ajudou na conquista.

- Foram noites sem dormir. Tenho dois filhos e ficava querendo cuidar deles, mas tinha que conciliar o tempo. É um preço alto que você paga, mas é uma satisfação muito grande ao final. O bom disso tudo é que tive minha família inteira me ajudando: minha esposa e meus filhos, mesmo pequenos, compreenderam e me incentivaram, pegavam o livro para mim. Foi uma realização não só minha, mas de todos que abraçaram essa causa – contou orgulhoso, acrescentando:

- Quando um tribunal reúne todos aqui e investe em capacitação, você percebe que é um tribunal que está levando seu trabalho muito a sério – completou Pedro.

 

                                                                                   Auditório lotado durante cerimônia de posse de novos servidores. Compondo a mesa, os juízes Guilherme                                                                                                                                                     Pedrosa, Leandro Loyola e Marcello Rubioli e o diretor-geral da DGPES, Gabriel Albuquerque

 

O juiz auxiliar da Presidência Marcello Rubioli representou o presidente do TJRJ, desembargador Claudio de Mello Tavares, na cerimônia de posse dos novos servidores e destacou que os 101 recém-chegados deverão encontrar muito trabalho e responsabilidades, mas, também, muita integridade e valorização:

- Há 21 anos, me sinto muito orgulhoso de fazer parte desta família. Tenho certeza de que sentirão o mesmo orgulho - disse o magistrado, destacando a preocupação da atual gestão com a valorização do servidor.

O juiz leu ainda uma mensagem enviada pelo presidente do TJRJ:

“Vocês passaram em um concurso dificílimo e agora passam a fazer parte do tribunal mais produtivo do país, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O trabalho de vocês ajudará a alcançarmos novos patamares de modernização e eficiência”.

Estiveram também presentes do evento o também juiz auxiliar da Presidência Leandro Loyola de Abreu, o juiz auxiliar da Corregedoria Guilherme Pedrosa e o diretor-geral de Gestão de Pessoas (DGPES), Gabriel Albuquerque.

 

Por trás das convocações, histórias de vida

 

                                                                             A assistente social Juliana Rocha com os juízes Guilherme Pedrosa Lopes e Leandro Loyola

 

Para a assistente social Juliana Rocha, de 34 anos, a convocação significou a sonhada migração do setor privado para o público.

- Mudou muito todo o esquema profissional, familiar e financeiro. Agora tenho segurança - ressaltou.

Servidora do Poder Judiciário fluminense, Isabela Magalhães atua há 15 anos na 3ª Vara de Órfãos e Sucessões. Agora, está realizando o sonho de ser psicóloga no mesmo tribunal em que trabalha. Ela contou com a presença da família biológica e da “família” que fez na serventia em que vivenciou a rotina judiciária por tantos anos:

 

                                                                                 A psicóloga Isabela Magalhães com as amigas servidoras que fez atuando como técnica de atividade judiciária                                                                                                                                                               durante 15 anos – Shirlei de Oliveira, Claudia Lima e Luciana Fernandes

 

- Eu tinha 22 anos quando passei para o tribunal. Sempre foi um sonho meu ser psicóloga do TJRJ. Fiz a faculdade pensando em passar nesse concurso, fiz as provas três vezes e, na terceira, consegui - contou.

Para o técnico judiciário Rodrigo Sztern Queiroz, de 36 anos, a convocação marca sua primeira aprovação em concurso público. Advogado, trabalhou em consultorias tributárias privadas e também como comissionado no Tribunal de Contas do Estado:

 

                                                                              O técnico de atividade judiciária Rodrigo Queiroz com os juízes Guilherme Pedrosa e Leandro Loyola

 

- O TJRJ é um dos órgãos de destaque no Estado do Rio. Quando eu decidi largar a iniciativa privada e estudar para órgãos públicos, avaliei que o Judiciário fluminense é um dos pontos altos da carreira.

O pequeno Vicente, de 6 meses, não podia faltar à posse de sua mãe, a assistente social Camile Faustino da Costa, de 26 anos. No colo do pai, Marcel, o bebê parecia atento a tudo. E fez sucesso vestido com blusa social, calça jeans e mocassim.

 

                                                                                       A assistente social Camile da Costa com o filho, Vicente, de 6 meses, e o marido, Marcel

 

- Espero encontrar muito trabalho. É uma expectativa positiva, uma motivação muito grande poder trabalhar em prol da celeridade da justiça. O assistente social tem um olhar voltado para a garantia dos direitos dos usuários - afirmou, entusiasmada, a nova servidora.

SP/FS

Fotos: Brunno Dantas/TJRJ