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Religiosos destacam valores humanos em celebração ecumênica pelo Dia da Justiça
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 06/12/2019 20:00

 

Representantes de diferentes religiões se uniram, nesta sexta-feira (6/12), em um culto ecumênico pelo Dia da Justiça. Conduzida pelo desembargador Ademir Pimentel e realizada no Foyer do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, no Centro, a cerimônia contou com líderes budistas, espíritas, evangélicos, católicos e judeus, que exaltaram a importância dos valores humanos, e, portanto, essenciais à Justiça. O evento teve a participação dos corais da OAB/RJ, Amigos do TJRJ e OAB/Niterói.

Pela primeira vez, o culto contou com a participação de um monge budista, o médico Rogério Lima. Ao falar às autoridades presentes, como o presidente do TJRJ, desembargador Claudio de Mello Tavares; o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre Moraes, e o governador Wilson Witzel, entre outras; aos magistrados, advogados, serventuários e demais convidados, o monge destacou o conceito da palavra justiça:

- Justiça começa quando você arruma a sua cama. O olhar que transborda essa compaixão independe de status religioso, de postura e de crenças. Por isso, a Justiça tem a obrigatoriedade de tentar ser o mais imparcial possível. Ser imparcial não significa ser frio ou que não tenha acolhimento – disse o religioso.

O desembargador Carlos José Martins Gomes, da 16ª Câmara Cível, representante do espiritismo, lembrou os ensinamentos de Allan Kardec para dizer que a Justiça se faz presente a partir do reconhecimento do valor do próximo:

- Nessa busca incessante do sentido real da nossa existência, baseada no nosso destino, a divindade se expressa a partir de leis, físicas e morais, e nelas devemos sempre valorizar o conceito de que não há Direito sem a reciprocidade nas relações.

 

 

Para o monsenhor Sérgio Costa Couto, capelão da Igreja do Outeiro da Glória, o papel do Judiciário não pode estar desvinculado de valores humanos essenciais, presentes na formação de quem tem a missão de levar o verdadeiro senso de Justiça:

- Vivemos numa sociedade na qual, muitas vezes, as pessoas estão voltadas para o materialismo. Nós todos aqui, magistrados, serventuários, enfim, todos os seres humanos têm a sua vocação, têm um papel a cumprir no mundo – lembrou o representante da Igreja Católica.

O rabino Dario Ezequiel Bialer, da Associação Religiosa Israelita do Rio de Janeiro, enfatizou a necessidade do respeito às diferenças no dia a dia:

- Celebrar a Justiça nesse âmbito sagrado é a possibilidade de sermos capazes de constituir uma sociedade na qual a multiplicidade possa, de verdade, coexistir para melhorar o mundo no qual vivemos.

Membro e pastor da Igreja Batista Manancial da Gávea, o defensor público Paulo Ricardo, disse ser essencial a ideia de que o exercício de Justiça tenha sempre um olhar fraterno:

- É impossível fazer Justiça sem luz no coração. Podemos ter toda uma vestimenta, todo um lugar de autoridade, podemos ter tudo, mas nós temos sempre que amar o próximo. Sem amor, nada é completo – enfatizou.

 

SV/FS

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