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Ação solidária da Justiça do Rio em parceria com a Patrulha Maria da Penha entrega cestas básicas para mulheres vítimas de violência doméstica
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 17/03/2021 18:22

“Estamos vivendo uma pandemia dentro da pandemia da Covid-19. E agora, essa pandemia da violência contra a mulher está ainda mais agravada com a fome e a miserabilidade”, afirmou a juíza Katerine Jatahy, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e integrante da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem), durante a entrega simbólica de 900 cestas básicas para mulheres vítimas de violência doméstica. A cerimônia, realizada nesta quarta-feira (17/3), foi promovida pela Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro em parceria com a Coem.  

A partir de iniciativa da Coem, as cestas foram doadas pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, vinculada ao Ministério da Mulher, Direitos Humanos e Família e serão distribuídas nos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, beneficiando cerca de 4.500 pessoas, a maioria crianças mantidas por mulheres em situação vulnerável.  

Em acordo com os protocolos de segurança sanitária de prevenção ao coronavírus, a cerimônia aconteceu no pátio aberto da Diretoria de Abastecimento da Secretaria de Estado da PMERJ, em Niterói.  Estiveram presentes à  solenidade as juízas Juliana Cardoso, diretora de Acompanhamento das Políticas de Atendimento à Mulher e das Varas de Violência Doméstica da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), e Renata Medina, do Juizado de Violência Doméstica de São João de Meriti; o secretário de Estado da Polícia Militar, Coronel Rogério Figueiredo de Lacerda; a procuradora de Justiça Carla Araújo; e a delegada Cristiana Bento, subsecretária de Políticas para Mulheres do Rio de Janeiro.  

Para a juíza Katerine Jatahy, a participação da Patrulha Maria da Penha é fundamental no trabalho de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Ela acredita que a doação das cestas é mais uma ação que deve se multiplicar para ampliar o atendimento às  mulheres vitimadas.  

“O trabalho da Patrulha Maria da Penha é imprescindível nesse processo. É ela quem está trazendo para o Poder Judiciário a situação real das mulheres vítimas de violência doméstica. E essa doação de cestas básicas do Governo Federal é a prova da importância de prosseguir nessa ação integrada envolvendo as esferas federal, estadual e municipal. Não podemos parar por aqui. Precisamos ir muito mais adiante”, afirmou.  

A juíza Juliana Cardoso também destacou a atuação da Patrulha Maria Penha no processo de resgate das mulheres que passam por diferentes tipos de agressões.   

“Essa cerimônia de doação de cestas básicas demonstra o papel que a Patrulha Maria da Penha vem desempenhando no sentido de promover a solidariedade e resgatar a dignidade da mulher vítima de violência doméstica. São as patrulheiras e os patrulheiros que entram nas casas das mulheres, constatam a real necessidade de todas elas e por isso, não só pela dureza sua atividade, ainda encontram forças para se solidarizar e propor atitudes positivas como essa para doação de cestas básicas”, destacou.   

A juíza Renata Medina também defendeu o trabalho integrado entre as instituições de todas as instâncias como caminho para enfrentar o problema que atinge mulheres de todas as classes sociais e econômicas. 

“O trabalho da Patrulha Maria da Penha é muito importante nesse papel de trazer ao Poder Judiciário o panorama sobre a situação da mulher vítima de violência doméstica. É ela quem faz o primeiro contato com as vítimas. Essas mulheres precisam mais do que uma decisão judicial. Necessitam de uma atitude efetiva, através do trabalho integrado entre as instituições para que possamos alcançar o sucesso na nossa atividade”, avaliou.  

O secretário de Estado da Polícia Militar, Coronel Rogério Figueiredo de Lacerda lembrou a trajetória da criação do programa Patrulha Maria da Penha e seu desenvolvimento culminando na proposição de novas ações para atender às vítimas de violência doméstica.  

“É um trabalho ousado que começou no interior do estado, no 38º BPM, no Município de Três Rios,  e no 10º BPM, em Barra do Piraí, e depois chegou à capital do estado. Hoje é imperativo que se estabeleça em todos os 92 municípios do estado. Além do acompanhamento das medidas protetivas, a Patrulha Maria da Penha assume novas funções, como esse trabalho integrado com o Poder Judiciário, Governo Federal e de todas as demais entidades públicas e privadas que possibilitaram essa cerimônia de entrega das cestas básicas”, agradeceu o comandante.  

 

Programa Patrulha Maria da Penha  

Criado pela Polícia Militar em agosto de 2019, em parceria com o Tribunal de Justiça do Rio, o programa Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida,  oferece acompanhamento apara mulheres que foram ameaçadas de alguma forma e obtiveram medidas protetivas contra seus agressores  expedidas pelo Judiciário fluminense. O Programa foi inspirado em modelo adotado, no ano de 2015, no 38º BPM, sediado no Município de Três Rios.   

JM/FS 

Foto: Divulgação PMERJ