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Projeto de Vida forma sua primeira turma
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 16/05/2019 16:45

 

Aos 19 anos, Elionai da Costa experimentou, na manhã desta quinta-feira, um orgulho inédito. Com apoio do Projeto de Vida, uma iniciativa da Vara da Infância e da Juventude com diferentes parceiros, o jovem, que chegou a se envolver em transgressão de menor gravidade, era um dos formandos da primeira turma de alunos beneficiada com as diferentes atividades proporcionadas pelo projeto. Uma oportunidade de mudança, como ele mesmo reconheceu.

- Eu aprendi muita coisa, achava que só porque eu estava na favela não poderia estar aqui, fazendo parte de uma cerimônia como essa. Nós seres humanos temos a capacidade para ir além do que pensamos – disse, ao público presente à solenidade de formatura, realizada no Tribunal Pleno do Antigo Palácio da Justiça.

O Projeto de Vida tem o objetivo de promover condições para a reconstrução de vida de adolescentes que se envolveram em transgressões de menor gravidade, transformando os seus valores para ultrapassar a ‘prática de ato infracional’ e seguir um rumo melhor. A iniciativa foi desenvolvida pela Vara da Infância e da Juventude em cooperação com a ONG Mãe África, o Conselho de Integração Empresa Escola (CIEE), a Universidade Veiga de Almeida, O Instituto da Criança e o RECODE.

Os jovens formandos, todos em cumprimento de remissão suspensiva, receberam, através do projeto, atendimento psicológico e de serviço social especial. Também participaram de oficinas de reforço escolar, atividades culturais e de aprendizagem.

 

 

- Eu acredito que a gente só vai conseguir mudar a realidade quando a sociedade civil também participar para a solução dos problemas – afirmou a juíza Vanessa Cavalieri.

De acordo com a magistrada, entre as obrigatoriedades que os jovens tiveram de obedecer durante o período em que estiveram ligados ao projeto estão a de voltar a estudar e ter pelo menos 50% da presença; se apresentar na Vara da Infância e frequentar as atividades ofertadas na universidade parceira.

- Nós precisamos ajudar para que escolham o caminho certo, temos que dar essa escolha. Assim, poderão refletir a vida que querem ter. Que sonhem alto para conseguir lugares altos. Vocês não são invisíveis para a gente, estamos vendo vocês. Queremos ver todos em universidades – destacou a juíza.

Estavam presentes à cerimônia o reitor da Universidade Veiga de Almeida, Carlos Eduardo Nunes Ferreira; o superintendente do CIEE, Paulo Pimenta Gomes; e o consultor da Associação Mãe África (AMA), Edvaldo Roberto de Oliveira, que acrescentou:

- É dever da sociedade, da família e do Estado dar a chave da educação para eles.

 

LH/JGP

 

Fotos: Brunno Dantas/TJRJ