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Acessibilidade e inclusão no Poder Judiciário são tema de live para servidores e magistrados
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 14/12/2020 14:32

A questão inclusiva abriga o setor público, que deve trazer respostas para a sociedade. O pensamento da desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Regina Lúcia Passos foi compartilhado hoje (14/12), durante a live “Acessibilidade e Inclusão no Poder Judiciário”, transmitida a magistrados e servidores pela plataforma Teams.   

Para a magistrada, a sustentabilidade se dá na mudança de cultura, de visão de mundo. E é necessária uma educação equitativa e com ações para sustentar e fortalecer a cultura da inclusão, com a participação e o treinamento de todos.  

- Todos somos seres humanos neste planeta e temos os mesmos direitos. Deus nos fez com esta diversidade, esta pluralidade, para que todos pudéssemos conviver – destacou a desembargadora, acrescentando que é importante debater com as pessoas com deficiência sobre as melhores ações.   

O diretor-geral de Gestão de Pessoas (DGPES), Gabriel Albuquerque, afirmou que o tema é tão sensível quanto importante e enfatizou que, para que haja verdadeiramente acessibilidade e inclusão, é preciso conscientizar as pessoas e os gestores.   

- É necessário fomentar a reflexão e promover a discussão sobre formas de melhorar a acessibilidade, a inclusão, para que possamos oferecer o necessário para que todos exerçam suas atividades laborais.   

O servidor Márcio Aguiar, chefe do serviço de Ambiência e Acompanhamento de Pessoas da DGPES, que já nasceu com deficiência visual, trabalha no TJRJ desde 2003 e avalia que o Judiciário fluminense tem avançado muito na busca constante por inclusão.   

- Para a pessoa com deficiência, só há liberdade e igualdade se houver acessibilidade, eixo fundamental da equidade de direitos – afirmou.  

Ele destacou que ainda há barreiras que precisam ser transpostas, como as atitudes das pessoas, e que há mudanças de paradigmas.  

- A gente trabalha em busca desta inclusão plena – concluiu.  

A servidora Ana Paula Ruas trabalha na Diretoria-Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação de Dados (DGTEC) e é responsável pelos testes de acessibilidade do site e sistemas. Deficiente visual desde a infância - nasceu com baixa visão e ficou completamente cega aos 12 anos -, ela criticou as nomenclaturas que vinham sendo dadas às pessoas com deficiência.  

 - Não porto minha deficiência, porto meu celular, minha bolsa. E necessidades especiais todos têm – explicou.  

Ana Paula abordou o capacitismo, uma forma de preconceito que coloca em dúvida a capacidade da pessoa, o que acontece muito em casos envolvendo deficiência, racismo e homofobia.   

- Às vezes, ele é velado. Precisamos combater o capacitismo dentro de nós. Historicamente, temos uma ideia de que não ter o corpo ideal, sem grandes diferenças, é inferior – alertou.   

Quer conhecer mais sobre o tema?   

Acesse a cartilha sobre acessibilidade, inclusão e desenvolvimento.   

(link: /documents/10136/4789837/cartilha-accessibilidade-01-telas-reunida.pdf?=v00)  

SP / MB