Camisetas divulgam sinal vermelho contra violência doméstica
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de janeiro (TJRJ) está realizando uma série de ações março, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, 8/3. E o combate à violência doméstica, como não poderia deixar de ser, está presente nas iniciativas. A mobilização envolve diferentes setores do tribunal, magistradas e servidoras.
A juíza Renata Travassos Medina de Macedo, titular da Vara de Violência Doméstica da Comarca de São João de Meriti e integrante da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (COEM), organizou a confecção de camisetas com o objetivo de divulgar o X vermelho. O código faz parte da campanha “Sinal Vermelho para a Violência Doméstica” do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O objetivo é oferecer um canal silencioso de denúncia para a vítima de violência, que, ao comparecer a uma farmácia e mostrar o sinal, receberá ajuda.
“Com a pandemia não podemos organizar eventos. Por isso, pensamos na camiseta para divulgar o código, apontar a união das mulheres, sobretudo no ambiente esportivo e chamar a atenção das autoridades sobre a necessidade de criar medidas de prevenção e repressão à violência contra as mulheres”, diz a magistrada, que contou a parceria da rede de beach tennis BT Silvia Curvo na confecção das camisetas.
A juíza destaca que as farmácias foram escolhidas como um ambiente seguro e fácil de denúncia pelas mulheres, já que mesmo em caso de lockdown permaneceriam abertas.
"A vítima, ao conseguir sair de casa, dirige-se a uma farmácia previamente cadastrada na campanha, onde um atendente ou farmacêutico treinado aciona a polícia, de acordo com o protocolo estabelecido. Com um x vermelho na palma da mão ou em um pedaço de papel, permitirá que o farmacêutico reconheça o pedido de ajuda por aquela mulher e acionará a polícia militar. Este código do x vermelho facilitou a denúncia não apenas em farmácias. Algumas mulheres pediram socorro simplesmente utilizando o x vermelho na mão ou em um papel, ou mesmo mudando a foto do perfil nas redes sociais”, explica.
