- Museu da Justiça
- Aconteceu no Museu
- 2024
- Aconteceu no Museu: 25 a 27 de novembro
Museu da Justiça de Niterói sedia exposição com releituras de obras clássicas realizadas por alunos do Espaço Perspectiva
O Museu da Justiça de Niterói promoveu a exposição “Releitura dos Grandes Pintores”, que traz ao público a releitura de obras-primas de mestres como Michelangelo, Johannes Vermeer e Van Gogh, criadas pelos alunos dos cursos de artes visuais do Instituto Espaço Perspectiva.
Com o objetivo de incentivar a dedicação e o desenvolvimento criativo dos estudantes, a mostra reflete a missão do Espaço Perspectiva em fomentar o aprendizado, por meio da prática artística.
“Acredito que essa exposição proporciona aos alunos uma vivência autêntica como artistas. Neste espaço, eles têm a oportunidade de atuar como expositores e conhecer um prédio histórico, que preserva a memória e a cultura. Nossa intenção não é apenas formar artistas, mas usar a arte, como instrumento de transformação pessoal e profissional. Trabalhar com arte vai além da técnica; é uma forma de expressão que amplia horizontes, desenvolve habilidades emocionais e fortalece a capacidade de enfrentar desafios”, destacou Flávia Margarida da Cruz Pereira, curadora da exposição e diretora do Espaço Perspectiva.
Para Júlia Justino de Almeida, de 19 anos, aluna do instituto, participar da exposição trouxe uma nova perspectiva para o seu trabalho: “Às vezes, surge a insegurança, a vontade de desistir e abandonar o trabalho. Mas, quando vejo a obra pronta, percebo o quanto valeu a pena o esforço. É muito gratificante olhar para o trabalho finalizado, receber elogios e ver as pessoas admirando o que fiz. Isso me ensinou a confiar em mim mesma e nas minhas capacidades.”
Com uma abordagem interdisciplinar, o Espaço Perspectiva promove a formação intelectual, por meio do contato com diferentes linguagens visuais e artísticas. “A arte ajuda a desenvolver o pensamento crítico, a tomada de decisões e a capacidade de análise. É emocionante acompanhar o crescimento pessoal e artístico dos alunos”, afirmou Henrique Oliveira Vianna, diretor do Espaço Perspectiva.
“Materializar tanto esforço e dedicação é uma sensação indescritível e muito valiosa. Cada erro, cada aula e cada momento de frustração culminaram nesse resultado. Entendi que errar faz parte do processo.”, destacou Matheus Henrique Liptak Azevedo, de 30 anos, aluno do instituto.
O projeto ‘Releitura dos Grandes Pintores’ reafirma o compromisso do Museu da Justiça em ser um espaço dedicado à promoção da cultura e da educação, utilizando a arte como uma poderosa ferramenta de transformação social.
Museu da Justiça promove atividade em homenagem ao mês da Consciência Negra
Em celebração ao mês da Consciência Negra, o Museu da Justiça, por meio do Programa Artes Integradas, realizou uma atividade que convida o público a refletir sobre o passado, o presente e o futuro.
Inspirada em duas importantes referências culturais – o provérbio africano Sankofa, originário do povo Akan, e a carta de Esperança Garcia, reconhecida como a primeira advogada negra brasileira – a proposta incentiva uma conexão profunda com a história e a projeção de um futuro mais justo e digno.
Os participantes foram convidados a redigir uma Carta Sankofa, uma mensagem para o futuro, que será lacrada em uma cápsula do tempo e aberta somente daqui a 10 anos. A atividade convida à introspecção e à análise crítica das transformações sociais, oferecendo um espaço para expressar desejos, reflexões e anseios.
Mais do que um exercício de escrita, a Carta Sankofa é um símbolo de esperança e resiliência, remetendo à força das lutas por justiça social e à importância de preservar e honrar memórias históricas, enquanto se projeta um futuro mais equitativo.
Projeto “Museu é Arte” promove diálogo sobre o fazer artístico contemporâneo
O Museu da Justiça realiza o projeto “Museu é Arte”, um programa que apresenta entrevistas mensais, realizadas de forma híbrida, com profissionais de diversas áreas artísticas. A iniciativa busca promover reflexões sobre o fazer artístico na contemporaneidade, explorando temas como sociedade, cultura brasileira, avanços técnicos na arte e na história. Este mês, o convidado da série foi o artista visual Joel Vieira, um dos principais nomes na promoção da acessibilidade cultural no Brasil.
Com uma trajetória marcada pela diversidade de atuações no campo artístico e pela promoção da inclusão, Joel Vieira traz ao público uma perspectiva única sobre a relação entre arte, acessibilidade e cultura brasileira. Sua experiência como curador de acervos importantes, como o da atriz Léa Garcia, e sua atuação à frente de projetos voltados para a democratização da arte, como o coletivo Café Preto, proporcionam um rico repertório sobre como a arte pode ser um instrumento de transformação social.
Além disso, Joel contribui com reflexões profundas sobre o conceito de Afro acessibilidade, conectando questões raciais, culturais e de inclusão. Seu trabalho como dramaturgo e diretor de acessibilidade destaca a importância de criar experiências artísticas inclusivas, capazes de atingir diferentes públicos.
O projeto “Museu é Arte” reforça o compromisso do Museu da Justiça em ser um espaço de diálogo sobre o papel do indivíduo na sociedade contemporânea, destacando a arte como uma ferramenta de autoconhecimento e transformação social.
Texto: Amanda Guida
Fotos: Diego Antunes