- Museu da Justiça
- Aconteceu no Museu
- 2025
- Aconteceu no Museu: 24 a 28 de março
Grupo Fino Som Celebra o Dia da Música no Museu
Em comemoração ao Dia da Música no Museu, marco especial para a música de concerto, e em parceria com o Projeto Música no Museu, o Museu da Justiça do Rio recebeu, no dia 27 de março, o Grupo Fino Som, um renomado conjunto musical brasileiro, que foi criado com o objetivo de divulgar a tradição da música brasileira, apresentando obras do repertório clássico até arranjos mais modernos e populares.
A apresentação teve início com a música “Ô Abre Alas!”, de Chiquinha Gonzaga, em homenagem ao mês da mulher. O grupo também interpretou canções de ícones da música brasileira, como Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Dorival Caymmi, entre outros compositores e cantores que marcaram a história musical do país.
A professora e maestrina Nelma Pataro expressou sua gratidão ao público: “É um privilégio tocar no Museu da Justiça, e muito gratificante para mim e para minhas alunas, principalmente hoje, no Dia da Música no Museu, no mês da mulher e no aniversário do idealizador do projeto, Sérgio Costa e Silva”.
Museu promove roda de conversa sobre diversidade na educação
No dia 24 de março, o Museu da Justiça do Rio promoveu mais um encontro da série "Diálogos sobre Elas". O evento, que tem como objetivo fomentar a reflexão e destacar iniciativas voltadas à equidade de gênero, abordou o contexto da educação e a difusão do conhecimento, tanto no ambiente acadêmico quanto fora dele, com foco na disparidade do número de mulheres negras na academia.
O encontro contou com a participação de Iamara da Silva Viana, pós-doutora em História Comparada pela UFRJ e coordenadora adjunta do Programa ProfHistória da UERJ; Luciana Ferrari Espíndola Cabral, professora do CEFET-RJ e presidente do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI); André Leonardo Chevitarese, professor titular do Instituto de História da UFRJ; e a mediação de Tayná Louise de Maria, doutoranda da UFRJ e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Educação, Corpos, Histórias e Memórias Negras (UERJ).
Durante a roda de conversa, foi enfatizada a importância de envolver homens e mulheres nas discussões, ampliando as perspectivas e destacando a responsabilidade dos homens como aliados nas mudanças sociais. O professor André Chevitarese ressaltou o papel transformador da educação, enfatizando que a sala de aula é um espaço de troca, onde o professor também aprende com seus alunos.
A professora Luciana Ferrari apresentou o projeto "Mulheres Negras Que Fazem Ciência", que busca incentivar a iniciação científica de meninas e mulheres negras. Segundo dados apresentados durante o evento, apenas 3% dos docentes em programas de pós-graduação no Brasil são mulheres negras (pretas e pardas). Além disso, as mulheres negras no mercado de trabalho recebem, em média, metade do salário das mulheres brancas e quatro vezes menos do que os homens brancos.
Complementando a fala da professora Luciana, a professora Iamara Viana refletiu, por meio de exemplos e documentos históricos, sobre as consequências do passado escravocrata do Brasil e como isso ainda se reflete no racismo estrutural presente nas universidades, resultando em uma escassa inclusão e representatividade.
Arte educação e Museologia no Museu é Arte & Educação deste mês
No dia 26 de março, o Museu da Justiça de Niterói foi palco de mais uma edição do projeto Museu é Arte & Educação, uma série de entrevistas mensais que tem como objetivo promover reflexões e diálogos sobre a sociedade contemporânea, o indivíduo e a educação dentro do contexto artístico. O evento, que reúne profissionais renomados nas áreas de arte e educação, oferece um espaço para discutir temas fundamentais que impactam o cenário cultural e social.
Neste encontro, a programação contou com a presença de Ingrid Cardoso e Lívia Prado, duas figuras importantes no cenário artístico e educacional. Ingrid Cardoso, museóloga do Museu da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, graduada em História, em Gestão de Eventos e Carnaval, e pós-graduada em Educação, com pesquisas sobre Carnaval, subúrbios e patrimônio imaterial, compartilhou sua trajetória, enquanto atuou no Departamento Cultural da Portela e no Feitiço Carioca. Ela integrou o coletivo Baianas do Samba RJ, que luta pela preservação desses segmentos tradicionais do Carnaval, e fundou o grupo Museólogos Carnavalescos, voltado para debates estéticos, históricos e culturais sob a ótica da Museologia. Ingrid destacou a relevância cultural e econômica do Carnaval para o Brasil, a importância da participação das mulheres na criação e na expressão artística do Carnaval e também defendeu um Carnaval popular, acessível a todos e que reflita genuinamente os gostos do povo.
Lívia Prado, atriz, poetisa e arte-educadora, trouxe sua visão sobre a arte e o teatro como formas essenciais de expressão e valorização da vida. Com formação em Arte Dramática e mestrado em Artes Cênicas pela Unirio, Lívia abordou a importância da presença feminina no teatro e na arte, destacando o papel fundamental das mulheres na criação e na promoção de um olhar plural. Ela também reafirmou a relevância de ser protagonista de sua própria história, com o lema "nada sobre nós sem nós."
Clube Direito ao Riso recebe grupo de jovens do ISBET
Esta semana, o Clube Direito ao Riso recebeu o instrutor Flávio junto ao grupo de jovens do ISBET (Instituto Brasileiro Pró-Educação, Trabalho e Desenvolvimento) – Programa de Estágio e Aprendizagem. Uma das participantes compartilhou sua experiência: "Gostei muito! Foi algo totalmente novo para mim, pois nunca havia participado de uma sessão de Yoga do Riso e nem sabia de sua existência. Adorei a experiência e a oportunidade."
A prática mensal do Yoga do Riso, cuja missão é promover saúde, felicidade e bem-estar social, acontece na sala do Educativo do Museu da Justiça.
Museu realiza terceiro encontro em celebração ao Mês da Mulher
O Museu da Justiça realizou, nesta sexta-feira, dia 28 de março, o último encontro do ciclo de debates “Diálogos sobre Elas”, em comemoração ao mês da mulher, com o tema Desafios e Oportunidades. Sob mediação de Siléa Macieira, Diretora do Museu da Justiça, os convidados expuseram a realidade de que, não obstante as mulheres sejam maioria na população, ainda enfrentam desafios estruturais, configurando minoria em cargos de decisão. Participaram da conversa Luciana Elmor, Mestre em Direito e especialista em gestão pública; Carlos Eduardo Menezes da Costa, Secretário-Geral da SGSUS, no TJRJ, e Mariana Xavier, Assistente Social e coordenadora técnica da Secretaria de Política para Mulheres e Cuidados do Rio de Janeiro.
Mariana Xavier, Assistente Social da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, destacou a atuação da Secretaria de Política para Mulheres e Cuidados do Município do Rio de Janeiro. Segundo Mariana, os equipamentos de proteção à mulher, como a Casa da Mulher Carioca, os Centros Especializados em Atendimento à Mulher (CEAMS) e os Abrigos Sigilosos ofertam um espaço de proteção e acolhimento às mulheres vítimas de violência. Mariana também enfatizou que a maior parte desses serviços se concentra na Zona Oeste, região onde a maioria das vítimas reside. A advogada, Dra. Luciana Elmor, trouxe reflexões sobre os desafios institucionais enfrentados por mulheres no setor público, especialmente no Poder Judiciário, cuja estrutura altamente hierarquizada dificulta avanços para a equidade de gênero. Segundo a Dra. Luciana, mudanças efetivas exigem um engajamento coletivo para transformar a visão institucional e criar espaços mais inclusivos. Carlos Eduardo Menezes da Costa, Secretário-Geral da SGSUS, abordou os programas de inclusão da área de Responsabilidade Social da Secretaria, ressaltando as disparidades entre homens e mulheres na magistratura e as ações do Conselho Nacional de Justiça, CNJ, que visam diminuir essas diferenças dentro dos Tribunais de Justiça do país.
Montagem da exposição “Águas de Março”
Durante a semana, o Museu da Justiça também realizou a montagem da exposição "Águas de Março", iniciativa da Secretaria Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS), que será inaugurada na próxima segunda-feira. A mostra traz uma interpretação artística das nuances do litoral brasileiro, por meio de aquarelas, em homenagem ao Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março. A delicadeza e a transparência da técnica aquarelada traduzem a leveza e a força da água, evocando tanto sua beleza quanto os desafios ambientais que enfrentamos. Inspirada na canção homônima de Tom Jobim, a exposição convida o público a refletir sobre a dualidade entre renovação e destruição, ressaltando a urgência da preservação dos mares e do equilíbrio ecológico.
Texto: ML / TC
Revisão: IA
Fotos: DA