Impactos positivos de projeto social são retratados em exposição no Museu da Justiça

                                                                      A abertura da exposição foi prestagiada por dezenas de pessoas 
 

A exposição “Olhar para a transformação - impactos do projeto Dara/TJRJ nas vidas de três famílias” foi inaugurada nesta segunda-feira (7/10) no Museu da Justiça do Rio. A mostra reúne 21 fotografias que retratam os impactos positivos que uma iniciativa do Instituto Dara, em parceria com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, gerou em três famílias atendidas pelas 1ª e 2ª Varas da Infância, da Juventude e do Idoso (VIJI) da capital.

Captadas pelo fotógrafo Euri Bezerra, as imagens comparam o antes e o depois das intervenções arquitetônicas realizadas nos lares das famílias amparadas, revelando as mudanças obtidas em suas condições de vida e bem-estar. O objetivo da iniciativa é possibilitar que famílias em situação de vulnerabilidade social alcancem uma transformação que lhes permita ter uma vida mais digna, como ocorreu com dona Carmelita, Gleice e José, personagens da exposição.

A parceria entre o TJRJ e o Instituto Dara começou há um ano, quando o juiz auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça Sandro Pitthan Espindola, que em 2022 estava nas 1ª e 2ª Varas da Infância, da Juventude e do Idoso (VIJI) da capital, conheceu a ONG. “A união entre as instituições foi um encontro de necessidades. Nós tínhamos famílias com processos difíceis, cujos problemas retornavam depois de um tempo. E eles tinham uma metodologia capaz de tratar as causas dos problemas. O Tribunal de Justiça passou a ter uma porta de resgate para essas famílias”, explicou o magistrado.

A metodologia do projeto, nomeada de Plano de Ação Familiar, abrange cinco eixos de atuação: saúde, educação, geração de renda, cidadania e moradia, descreveu a fundadora do instituto, Vera Cordeiro. “Como médica, observei que só tratar a doença não era o suficiente, precisávamos tratar as causas. Assim, ao fundar o instituto, foi pensado uma atuação em rede, multissetorial e integrada, de combate à pobreza e de promoção da saúde e do desenvolvimento humano”.

Ao lado das netas, a dona Carmerinda da Silva Justino, uma das 50 pessoas que foram acolhidas pela iniciativa, falava com todos como se fossem velhos conhecidos e viu a si mesma nas fotografias com um sorriso no rosto. “Eu estou é feliz. Eu não tinha força para fazer a reforma que eles fizeram na minha casa. Quando vi, queria que todos fossem lá em casa para ver a benção que me deram! Agradeço muito a Deus e a todos aqueles que nos ajudaram”.

As juízas Lysia Maria da Rocha Mesquita e Claudia Maria de Oliveira Motta, titulares das 1ª e 2ª VIJI respectivamente, também estiveram presentes na abertura e apontaram a expansão do projeto. Mais de 2 mil atendimentos foram realizados em 2023 e 2024, incluindo a doação de mais de 70 mil itens às famílias, como filtros, geladeiras, guarda roupas, etc. Ao final do período, mais de 200 pessoas foram impactadas e tiveram um aumento de 45% na renda familiar e o acesso à água filtrada.

SERVIÇO:

Data: até 6 de novembro
Hora: 11h às 17h
Local: Museu da Justiça | Prédio Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro - Rua Dom Manuel, 29, Centro, Rio de Janeiro
Entrada: Gratuita

KB/FS

Fotos: Rosane Naylor