Rede de Enfrentamento à Violência contra Mulher: COEM realiza ações em Campo Grande e Campos
O fortalecimento da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher no interior do estado e o treinamento de profissionais da área da Beleza para reconhecimento e acolhimento das vítimas são iniciativas da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação e Violência Doméstica e Familiar (COEM - TJRJ) que já estão em prática em 2023.
Articulação da Rede
O projeto “Justiça em Perspectiva de Gênero” reúne juízes e outros profissionais das principais comarcas do interior para o fortalecimento do enfrentamento, com o objetivo de evitar o feminicídio, crime que vem aumentando nas cidades menores.
Em 2022, uma mulher foi morta a cada três dias no Estado do Rio, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), que também registrou nas regiões do interior 32% de todos os casos de violência contra a mulher do estado.
Nesta segunda-feira (17), juízes(as), promotores(as), defensores(as) públicos(as), representantes das polícias civil e militar e outros profissionais se reuniram no plenário do Tribunal do Júri de Campos dos Goytacazes para a articulação da rede de enfrentamento à violência doméstica da região.
“Estaremos nas próximas semanas na Baixada Fluminense e na Região dos Lagos. Até o fim do ano iremos às principais comarcas. O objetivo é evitar a morte dessas mulheres e mostrar que elas podem confiar que a Justiça vai atendê-las de forma eficaz”, ressaltou a juíza Adriana Ramos de Mello, coordenadora da COEM.
“Mãos emPENHAdas contra a violência”
Capacitar profissionais da área da beleza para que sejam agentes multiplicadores de informação no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher é a proposta do projeto ''Mãos emPENHAdas contra a violência'', uma parceria com entre o Senac e a COEM - TJRJ, desde 2019.
Esta semana, a ação foi na unidade do Senac em Campo Grande, a primeira iniciativa após a pandemia. Cabeleireiros, barbeiros, manicures e esteticistas receberam treinamento para que possam reconhecer situações de violência física ou psicológica e colaborar na orientação às vítimas.
A juíza Camila Guerin, membro da COEM, participou da ação e explicou: “É um projeto de educação. Os profissionais da beleza são capacitados para informar às clientes sobre as medidas protetivas e também prestar alguns esclarecimentos como, por exemplo, o fato de que a medida protetiva de não aproximação, em regra, não impede a visitação dos pais aos filhos”.
Mais informações sobre as iniciativas e projetos do Poder Judiciário fluminense no combate à violência de gênero podem ser encontradas na página do Observatório Judicial de Violência Contra a Mulher.
Departamento de Comunicação Interna