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Presidente visita Acervo Arquivístico do Poder Judiciário do Rio
Notícia publicada por DECOI - TJRJ em 06/02/2024 17:44

 

“O mundo digital nunca vai se sobrepor à importância do arquivo, porque ainda que não tenhamos um volume de papéis no futuro, essa pesquisa arquivística vai se manter também no meio digital”, ressaltou o presidente do TJRJ, Ricardo Rodrigues Cardozo, ao se referir à importância da modernização com a preservação da memória do Poder Judiciário.

A declaração foi durante a visita ao Acervo Arquivístico do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, na Zona Norte, nessa terça-feira (06/02).

 


O presidente percorreu os setores do Arquivo, onde trabalham cerca de 100 pessoas, entre servidores, colaboradores, estagiários e representantes de projetos sociais. No Centro de Digitalização ele acompanhou todo o processo, desde a higienização e separação das folhas até o trabalho dos scanners.

 

“Aqui nós temos duas vertentes principais, a primeira é a atividade operacional para atender as demandas de arquivamento e desarquivamento e, agora, de digitalização. Em paralelo, temos a gestão de documentos, que precisam ser bem guardados e organizados para respondermos às demandas da sociedade em relação a este tipo de documentação”, explicou o diretor do Departamento de Gestão de Acervos Arquivísticos (DEGEA), Márcio Ronaldo Leitão Teixeira.

Durante a visita, o diretor do DEGEA esclareceu que o Centro de Digitalização tem hoje oito máquinas (scanners) que digitalizam, por mês, 13 mil processos em trâmite nas serventias. “Todo o trabalho estará concluído até o fim do ano, cumprindo a meta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, pontuou Márcio Teixeira.

“O trabalho desenvolvido aqui é extremamente organizado. Hoje, não temos muitos processos pendentes de digitalização, e isso só foi possível pela velocidade do trabalho dessa equipe. Ganham o Tribunal e a sociedade e esse é o foco do presidente, com uma gestão pautada pela modernidade”, destacou a juíza auxiliar da Presidência, Renata Guarino Martins.

 

Memória

O acervo documental permanente do DEGEA tem oito milhões de processos que retratam acontecimentos importantes da história do Rio de Janeiro e do Brasil. O mais antigo é de 1751.

O presidente Ricardo Cardozo pôde constatar que, no acervo, há desde processos judiciais envolvendo escravos, membros da nobreza do Brasil nos tempos do Império, políticos e personalidades relevantes da nossa história, como processos referentes a grandes crimes e tragédias que causaram comoção nacional.

 

 

Os pesquisadores também organizam os processos por tema. Um deles é chamado de história do silêncio e se refere aos processos de violência contra a mulher desde o século XVIII.

“Nós podemos perceber como as coisas evoluíram, desde um processo que foi apenas um registro policial, que não gerou nem ação penal, na qual o acusado pelo crime apenas recebeu uma nota de culpa, até o que é hoje, com a Lei Maria da Penha”, disse o presidente ao analisar alguns dos processos antigos do acervo.

Ao final da visita, o desembargador Ricardo Cardozo fez questão de ser fotografado ao lado dos servidores do Acervo Arquivístico.

 


Fotos: Rosane Naylor 

Departamento de Comunicação Interna