Mulheres debatem “Os direitos da mulher em confronto com a política de segurança pública do Estado” em encontro promovido pela Emerj
Participantes da 28ª reunião do Fórum Permanente de Segurança Pública e Execução Penal posam para foto na Emerj
“Um encontro para elas e feito por elas”. Foi assim que o desembargador Alcides da Fonseca Neto destacou a 28ª reunião do Fórum Permanente de Segurança Pública e Execução Penal promovida pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) na segunda-feira (24/4), no auditório Desembargador Paulo Roberto Vieira Leite Ventura. Dessa vez, o encontro – realizado em conjunto com o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB/RJ) – abordou “Os direitos da mulher em confronto com a política de segurança pública do Estado”.
Para isso, uma mesa foi formada apenas por mulheres. O debate ficou sob o comando da vice-presidente da Comissão de Defesa da Democracia, das Eleições e da Liberdade de Imprensa do IAB, Maria Margarida Ellebogen Pressburger, integrante do Alto Comissariado de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e membra fundadora e perpétua da Academia Carioca de Direito.
A reunião contou ainda com as participações da advogada e membra da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Marinete da Silva; da deputada estadual e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj; Renata Souza; da advogada e presidente da Comissão dos Direitos da Mulher do IAB, Rita de Cássia Sant’anna Corteza; da advogada criminalista e presidente da Comissão da Mulher da ANACRIM-RJ e do IBRAPEJ, Fabiana Marques dos Reis Gonzales; e da jornalista e comentarista da Globonews Flávia Oliveira.
Na abertura do evento, o presidente do Fórum, desembargador Alcides da Fonseca Neto, falou que questões como violência de gênero e igualdade salarial são relevantes para o debate, mas ressaltou o quanto é necessário discutir as consequências que as mulheres pretas de comunidade sofrem com a política de segurança pública do Estado.
“Como fica a situação das mulheres que não sabem se os seus filhos, maridos e parentes vão conseguir retornar em segurança para seus lares? E se a escola suspender a aula, quem ficará com as crianças? E essa é uma situação comum, que acontece toda vez que tem uma intervenção da polícia nas comunidades. As pessoas não têm noção daquilo que se passa com essas mulheres. Para apreender armas e entorpecentes e prender os responsáveis, a polícia precisa realizar um trabalho de inteligência. E para atuar com inteligência e segurança não precisa tiros”.
A reunião está disponível no canal da Emerj, no Youtube. Clique aqui para assistir.