Presidente Ricardo Cardozo inaugura laboratório de Conservação e Restauro de Documentos no Museu da Justiça do Rio
Presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, posa com um processo de 1978 em que seu pai atuou como juiz
Uma surpresa esperava o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, na inauguração do novo laboratório de Conservação e Restauro de Documentos localizado no 2º andar do Museu da Justiça do Rio: um processo de 1978 em que seu pai, Estenio Cantarino Cardozo, atuou como juiz. “Estou emocionado. De onde ele estiver, deve estar muito feliz”, disse o presidente, ao folhear o processo, devidamente equipado com as luvas de proteção usadas para manusear os processos históricos que são restaurados no Museu.
O novo laboratório é fruto do projeto estratégico “Recuperação e Preservação do Patrimônio Histórico do Poder Judiciário” elaborado pelo Museu da Justiça e inaugurado na atual gestão. O espaço permitirá que a equipe técnica do Museu realize procedimentos mais complexos para o restauro de documentos que se encontram em diferentes graus de degradação, e que guardam registros da memória institucional e da história social brasileira. De acordo com o estado do item documental, o diagnóstico poderá indicar higienização, pequenos reparos, carga alcalina, velatura, reinfibragem entre outros tratamentos.
Processos judiciais, livros de registros e outros documentos de reconhecido valor histórico terão agora um espaço mais adequado para serem restaurados, digitalizados e disponibilizados para consulta on-line, ampliando o acesso às fontes históricas do PJERJ e contribuindo para a preservação do rico patrimônio cultural da justiça fluminense.
Equipe do Museu da Justiça ganha novo laboratório
Na inauguração, o desembargador Ricardo Cardozo determinou que, a partir de agora, cópias de alguns destes documentos fiquem expostas para que os visitantes possam conhecê-las, uma vez que as exposições por longos períodos danificam os documentos originais.
O chefe do Serviço de Acervo Textual, Audiovisual e de Pesquisas Históricas (Seata), Gilmar de Almeida Sá, guiou o presidente pelo novo laboratório, explicando as etapas do trabalho de restauração.
No final da visita, a secretária-geral de Administração do TJRJ, Jacqueline Leite Vianna Campos, entregou ao presidente uma placa comemorativa pela inauguração do laboratório.
No último biênio foram tratadas pelo Museu da Justiça 67.389 folhas, que correspondem a 585 volumes de processos e livros de registro, e geradas mais 170 mil imagens disponibilizadas on-line.
Após a inauguração do laboratório de Conservação e Restauro de Documentos, o presidente Ricardo Cardozo visitou a exposição de pinturas do Instituto dos Magistrados do Brasil, que fica no 1º andar do Museu da Justiça. O desembargador Peterson Barroso Simão, presidente do IMB, guiou o presidente na exposição, que ficará em cartaz até o dia 31 de maio.
SF/MB
Créditos: Felipe Cavalcanti e Rosane Naylor/TJRJ