Museu da Justiça contará com inovações tecnológicas por meio de convênio
Incentivar a disseminação da memória e história do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) e da difusão dos valores jurídicos no Estado do Rio, além de estimular atividades nas áreas científica, tecnológica e de inovação de maneira ampla, apoiando projetos mediante lançamento de editais/chamadas públicas conjuntas em temas relevantes. Este é o objetivo do convênio de cooperação técnica assinado nesta quarta-feira (28/2) entre o TJRJ, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
Entre as iniciativas previstas estão fomentar ações culturais de forma gratuita e democrática ao público em geral, para fortalecer a cidadania e o entendimento do papel do Poder Judiciário; organizar ciclos de conferências, mesas redondas, workshops especializados e outros eventos culturais que contribuam para consolidar o Museu do TJRJ como um núcleo de referência de difusão de valores jurídicos e democráticos; financiar projetos de inovação, escolhidos por meio de chamadas públicas, que tenham como objetivo digitalizar e divulgar o acervo arquivístico e museográfico do TJRJ; incentivar atividades culturais no Museu do TJRJ, bem como as publicações em revista com a finalidade de estreitar cada vez mais os laços com a população fluminense e brasileira no geral.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, destacou a importância desta parceria. “Além da pesquisa que vai ser desenvolvida, trará recursos para esse projeto do Museu da Justiça. Não basta ter um museu. É um prédio com acervo histórico e é necessário que atraia as pessoas. Quando viajamos, vemos alunos de escolas visitando museus e eu sempre tive essa preocupação, quero trazer para o nosso museu as comunidades, as crianças, incentivá-las para que visitem e conheçam um pouco da história da Justiça. Para isso, a gente precisa ter recursos. A iniciativa privada pode participar disso através da Lei Rouanet, como agora o Estado, através da secretaria própria e da Faperj. Nosso estado é o único da federação em que realmente o Executivo cumpre e destina 2% da sua receita líquida para o fundo de cultura que a Faperj administra. Isso é muito importante, fico muito contente de estarmos assinando uma iniciativa pioneira nossa”, destacou.
Para a desembargadora Renata Fadel, revitalizar o museu é um marco, fomentando cultura e educação. “Nós começamos a procurar parceiros externos e a Secretaria de Inovação e Tecnologia foi uma grande parceira, se mostrou muito aberta a se juntar a nós nesse objetivo. Então, a assinatura deste termo vai ser um pontapé inicial de muitas mudanças no museu”, disse.
A parceria também foi comemorada pelo secretário de Estado, Mauro Azevedo Neto. “A Secretaria de Inovação do Estado tem a preocupação de fomentar a pesquisa no Estado do Rio de Janeiro. E essa parceria com a Faperj vai permitir que inúmeras ações, não só na área cultural, mas também na área de ciência, tecnologia e inovação, sejam realizadas. Então, serão lançados editais, com pesquisadores vinculados ao Tribunal, com pautas voltadas à Justiça e Tecnologia, e poderão fazer propostas com soluções de inovação no setor tecnológico”, explicou.
O presidente da Faperj, Jerson Lima da Silva, ressaltou que, hoje em dia, a tecnologia, a ciência, a inovação estão na vida de todos. “É uma semente para outras ações. O Estado do Rio de Janeiro tem várias características, uma delas de ter sido capital. Tem um patrimônio histórico que precisa ser preservado, estudado, tratado. Então, eu acho que, nesse ponto de vista, o sistema de Justiça do Rio de Janeiro tem toda uma guarda desse material muito importante, o Museu, por exemplo, é um deles”, afirmou.
SF/MB
Foto: Rosane Naylor