Fórum de Petrópolis inaugura nova instalação do Centro de Mediação
O juiz Carlos Spilmann, de terno, posa com os assessores Ana de Rosa, Alexandra chaves, Marcella Bull, Suzana Medeiros, Rafael Novarini e Rodrigo Wilbert. Equipe trabalhou na montagem das novas instalações do Cejusc
O Fórum da Comarca de Petrópolis inaugurou, nesta quinta-feira (10/4), a nova instalação do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc). O espaço, situado no 1º andar do Fórum, ocupa a sala que pertenceu ao extinto Juizado Especial Cível. O Centro de Mediação conta com quatro salas de audiência, brinquedoteca e recepção interna. O juiz diretor do Fórum e coordenador do Cejusc, Carlos André Spielmann, destacou a necessidade da expansão.
“O número de audiências tem crescido muito, especialmente por conta da adesão dos juízes, que estão encaminhando os processos para o Cejusc. Antes, fazíamos em torno de 40 audiências por mês. Mas, de alguns meses para cá, o número aumentou exponencialmente e agora fazemos em torno de 200 audiências por mês. A expectativa é que aumente ainda mais”, disse.
As duas salas do 2º andar, que juntas ocupavam 25m², não foram suficientes para atender a demanda. Por vezes, era necessário usar até outras salas, conta a chefe do Cejusc Marcela Bull de Mattos Mendes Ramos, que teve a ideia de fazer a mudança para a sala de baixo que tem mais de 120m².
“O Cejusc começou a ficar pequeno e sugeri que viéssemos para esse espaço para atender melhor as pessoas. Todos abraçaram a ideia e colocaram a mão na massa, literalmente, para fazer dar certo. Uma das assessoras do juiz Spielmann é design de interiores e pensou em todo o layout. Logo depois, fomos escolhendo as cores, os quadros, as plantas. Ao todo, a reforma demorou duas semanas.”
O novo layout tem a proposta de ser um ambiente mais acolhedor para as partes, trazendo tranquilidade e abertura para a possibilidade de acordo. Para o advogado e conciliador voluntário Leonardo Gomes Malvino, que estreou uma das salas de audiência, o objetivo foi alcançado já que ele conseguiu fechar um acordo.
“Só o fato de você chegar no saguão e não ter uma porta já demonstra que aqui é um ambiente aberto. Ao entrar nesse local, você percebe a diferença. Você se sente mais calmo, pacífico e seguro. Você perde aquela visão negativa e fria de um tribunal e se torna mais aberto às ideias. Eu vejo isso como uma forma de contribuir para a pacificação de conflitos sociais. É uma forma de trazer paz para as pessoas. ”
Planejado para ser um ambiente acolhedor, o novo espaço conta com quatro salas de audiência, recepção e uma brinquedoteca
O autônomo Pedro Mussel, que participou da 1ª das quinze audiências de conciliação e mediação previstas para o dia, também elogiou a mudança. Para ele, as salas em tons claros de verde, amarelo e lavanda, as plantas por todo lado, além dos livros e brinquedos no espaço fizeram diferença na decisão final.
“Eu não sei como, mas conseguimos chegar a um acordo sobre o compartilhamento da guarda do nosso filho. Achei que o espaço ficou superaconchegante, bonito e harmônico. É um lugar que a gente se sente à vontade, tranquilo. Foi convidativo fazer a audiência e chegar a um acordo nesse espaço.”
KB/FS
Foto: Felipe Cavalcanti