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Ex-governador Pezão tem direitos políticos suspensos por cinco anos
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 12/02/2019 15h02
Decisão é da juíza Alessandra Cristina Peixoto, da 8ª Vara de Fazenda Pública da Capital.

Condenado por ato de improbidade administrativa por não ter repassado, entre 2014 e 2015, o percentual constitucional obrigatório para o Fundo Estadual de Saúde, o ex-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, teve os direitos políticos suspensos por cinco anos. A decisão é da juíza Alessandra Cristina Peixoto, da 8ª Vara de Fazenda Pública da Capital.

De acordo com a sentença, Pezão também terá de pagar multa de 50 vezes a remuneração mensal, além de estar proibido de participar de contratações ou receber benefícios fiscais por três anos. A magistrada destaca que, como chefe do Executivo estadual na época, Pezão tinha o dever de fazer o repasse para a pasta da Saúde.

Evidenciada a obrigação legal e a responsabilidade pela decisão de seu descumprimento, é certo que não se trata de omissão genérica referida ao mau funcionamento do sistema de saúde. Não se pode, portanto, falar em ilegitimidade ou não participação do réu.

Na sentença, a juíza Alessandra Peixoto também destacou as consequências da improbidade administrativa, como a escassez de remédios e a situação precária de unidades de saúde em todo o estado, e frisou que o então governador era o responsável pela aplicação dos recursos.

Não procede a tese de defesa segundo a qual a responsabilidade recairia sobre os Secretários de Estado de Fazenda e de Saúde. Em verdade, ambos têm por função prestar apoio técnico e operacional ao Governador.

Processo n°: 0042427-14.2017.8.19.0001

JGP/FB