Escolas de Samba terão que escoltar carros alegóricos para evitar acidentes
O juiz Sandro Pitthan Espíndola, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio, acolheu pedido do Ministério Público estadual e determinou nesta quinta-feira (21/4) a adoção de uma série de medidas para garantir a segurança de crianças e adolescentes nos desfiles do Sambódromo. A decisão foi tomada um dia após uma menina de 11 anos ficar gravemente ferida e ter uma das pernas amputadas, num acidente envolvendo um dos carros alegóricos da Escola de Samba Em Cima da Hora, logo após o término de seu desfile, na área de dispersão.
De acordo com a ordem, todas as escolas de samba do Grupo de Acesso, Especial e Mirins terão que fazer a escolta de seus carros alegóricos até os seus barracões, evitando-se o acesso de crianças e adolescentes aos veículos.
O juiz determinou ainda que a Polícia Militar coloque viaturas nas ruas Frei Caneca com Senhor do Matosinhos, Aníbal Benévolo, Laura de Araújo, Visconde de Pirassununga e Correia Vasques. E que a Guarda Municipal do Rio disponibilize ao menos dois guardas para circulação a pé, em cada um dos setores indicados.
Ainda segundo a decisão, o Conselho Tutelar do Centro e os agentes da Secretaria Municipal de Assistência Social de plantão no Carnaval (técnicos, educadores e orientadores) deverão abordar os familiares das crianças e adolescentes que se encontrem no entorno do Sambódromo, orientando-os sobre seus deveres e responsabilidades com relação aos riscos para seus filhos no local de dispersão. Os agentes estão também autorizados a aplicar a medida de proteção devida aos jovens menores de 18 anos que estejam no local sem um responsável legal.