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A tragédia de Euclides da Cunha em exposição no CCMJ
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 22/01/2020 11:00

Tomado por ciúme e sentimento de posse, no domingo de 15 de agosto de 1909, Euclides da Cunha invadiu a casa de Dilermando de Assis, amante de sua esposa Ana de Assis, para dar fim às suas inquietações. Ele irrompeu a porta aos gritos e atirou em Dilermando, que, experiente no manejo de armas por ser militar, reagiu e matou Euclides, num dos mais conturbados e célebres crimes do Estado do Rio no século passado. Agora, 111 anos depois, os documentos e detalhes do processo sobre a morte do jornalista e escritor podem ser vistos na exposição “O Homicídio de Euclides da Cunha” no Centro Cultural Museu da Justiça (CCMJ).

                                                                   Exposição conta com vitrine com páginas dos processos de homicídio e do inventário do jornalista

 

Os documentos judiciais do processo de homicídio e do inventário do autor do clássico da literatura nacional “Os Sertões”, sobre a Guerra de Canudos, estão expostos de segunda à sexta-feira, das 11 às 19 horas, e aos sábados 10 às 17 horas. A entrada é franca.

O episódio ficou conhecido como “Tragédia da Piedade”, em alusão ao bairro no qual morava o ex-oficial do Exército Dilermando. Com quatro painéis, uma vitrine com os autos processuais e um espaço para consulta das páginas digitalizadas, a mostra é o destaque da agenda cultural do Poder Judiciário em janeiro.

 

Literatura e visitas guiadas na programação

Em janeiro, o CCMJ também segue com o programa “Do Direito à Literatura – Encontros Literários Interdisciplinares”. O clube realiza encontros quinzenais, sempre às segundas-feiras, para discutir obras a partir de uma perspectiva do Direito e demais áreas, como história, filosofia, psicologia, sociologia, etc. A segunda atividade do mês será realizada no dia 27, das 18:30 às 20, no Salão Nobre do Antigo Palácio da Justiça, sede do Museu. A entrada é franca.

Espaço que preserva e conta a história do Rio de Janeiro e do Brasil, o Museu da Justiça abre as portas para seu rico patrimônio na atividade “Oficina Acervos Conectados”. A visita de 1h30min ao acervo técnico do CCMJ é guiada por museólogos, arquivistas, historiadores e educadores, que apresentam autos de processos famosos, ações de liberdade de escravos, entre outros documentos históricos. A atividade é recomendada para turmas de ensino médio, faculdade e outros grupos. A entrada é franca. Em 2019, o acervo foi consultado por quase mil pesquisadores e estudantes para elaboração de trabalhos.

 

Nos passos da história

O passeio “Da Pedra ao Palácio” apresentado por educadores conta de forma dinâmica e leve a história do Antigo Palácio da Justiça, desde sua arquitetura até sua importância para a cidade que foi capital do Brasil até meados do século passado. Durante o percurso, que passeia pelos salões do prédio, os visitantes refletem o papel do Poder Judiciário na sociedade e sua evolução dos tempos de Império até os dias atuais, encerrando a visita com um julgamento teatralizado no Salão Histórico do I Tribunal do Júri. O passeio é recomendado para estudantes a partir de 12 anos. A entrada é franca.

O “Da Pedra ao Palácio” também pode ser feito no Centro Cultural Museu da Justiça de Niterói. O CCMJ-Niterói também apresenta neste início de ano a exposição “Nunca me Calarei”, do fotógrafo Márcio Freitas. O trabalho apresenta rostos de mulheres agredidas e assediadas, focando nos olhares de dor e medo das vítimas a fim de propor uma reflexão sobre a violência de gênero e incentivando outras mulheres a não se calarem sobre os abusos. A exposição permanece até o dia 31 de março. Aberta de segunda à sexta-feira, das 11 às 17 horas. A entrada é franca.

 

SERVIÇO:

O CCMJ fica Antigo Palácio da Justiça do Rio de Janeiro, na Rua Dom Manuel 29, térreo, Centro do Rio. Tel: 5521 31333768/3548

ccmj@tjrj.jus.br

O CCMJ-Niterói fica no Antigo Palácio da Justiça de Niterói, na Praça da República s/nº, Centro, Niterói. Tel: 3002-4284-4285

ccmj.niteroi@tjrj.jus.br

 

JGP/FS