No Dia da Mulher, TJRJ lança Programa de Proteção Feminina
No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Secretaria Geral de Segurança Institucional (SGSEI) deu início ao Programa de Proteção Feminina, o projeto de defesa pessoal, com teoria e prática, voltado às magistradas e servidoras do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). A iniciativa promoverá uma atuação preventiva e proativa que impeça, neutralize ou mitigue condutas de violência, garantindo e protegendo a vida, a segurança e o bem-estar das mulheres.
O projeto tem como objetivo transmitir noções básicas de defesa pessoal. Durante as aulas, as participantes aprenderão a observar detalhes e adotar medidas simples, mas eficazes, que podem impedir o resultado da violência. Serão desenvolvidas competências de leitura comportamental, controle de distância, percepção de ambiente e os procedimentos relativos ao protocolo de prioridade de ação.
“A partir do crescente número de ocorrências envolvendo a violência contra a mulher, a Secretaria Geral, preocupada com a segurança dos membros do Poder Judiciário, criou esse programa. É um projeto que o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Cardozo, determinou que fosse desenvolvido logo no início da sua gestão. Vamos capacitar magistradas e servidoras com ferramentas, doutrina e conhecimento para que elas possam se defender; melhor do que se defender, antecipar qualquer problema. Temos medidas que podem ser adotadas antes para evitar que o ataque venha a acontecer”, destacou o Coronel Francisco Matias, secretário-geral de Segurança Institucional do TJRJ.
Primeira Etapa
Para dar início ao projeto, no dia 8 de março, a SGSEI treinou as policiais militares que trabalham com as medidas protetivas de magistradas e atuam na carceragem. Foram quatro horas de aulas para nove policiais no espaço multiuso para instrução da SGSEI, com teoria e prática.
Foram ministrados movimentos que usam a força de alavanca e ataque a pontos vulneráveis do agressor, e que permitem, sobretudo, a defesa. As alunas aprenderam que não é necessário ter conhecimentos profundos de luta ou realizar treinamentos diários exaustivos para aplicar técnicas de defesa pessoal que ajudem as mulheres a se defenderem de agressores mais fortes e de maior estatura.
Gabriela Bittencourt Castro, 1º Sargento da Polícia Militar, uma das primeiras alunas, falou da importância da iniciativa: “Essa é uma oportunidade que o Tribunal dá a nós mulheres para que possamos nos defender, tanto na vida pessoal, quanto na profissional. Isso nos dá autoconfiança em qualquer situação de vulnerabilidade nas ruas.”
“Apesar de ser um treinamento de um único dia, dá subsídios para que a mulher consiga se desvencilhar, conter uma agressão inicial, para que ela possa sair do local e buscar proteção ou acionar alguém. Esse treinamento pode ser crucial para preservar vidas”, pontuou o Coronel Vinícius Fonseca Barros, diretor do Departamento de Segurança Institucional e Inteligência do Tribunal.
Segunda Etapa
O treinamento será destinado às magistradas que estão sob proteção ou que tiveram alguma questão analisada pela Comissão de Segurança. Em seguida, as aulas serão oferecidas a todas as magistradas e serventuárias.
As instruções também têm como finalidade, além de aperfeiçoar a capacidade física de uma forma geral aprimorando a agilidade e coordenação motora das mulheres, provocar um efeito positivo no autocontrole, na autoconfiança e na autoestima das magistradas e servidoras, o que contribui não só para a redução dos casos de violência, mas também para o pleno exercício de suas atribuições no Poder Judiciário.
Projeto Itinerante
O Programa de Proteção Feminina da SGSEI será levado a todo estado, nos fóruns do interior.
Fotos: Rosane Naylor
Departamento de Comunicação Interna - DECOI