Estudantes da rede pública visitam o Museu da Justiça e participam de roda de conversa
Qualquer pessoa pode ser juiz? Onde o juiz se senta? O que é réu? Quem são as testemunhas? Essas foram algumas perguntas respondidas pela juíza auxiliar da Presidência Fernanda Xavier de Brito, nesta terça-feira (11/07), durante uma roda de conversa no antigo Tribunal do Júri do Museu da Justiça. As dúvidas eram dos alunos do 6º ano da Escola Municipal Desembargador Oscar Tenório.
A juíza explicou como se dá um júri popular e como é a trajetória da carreira do magistrado, além de ressaltar o valor do conhecimento: “Independentemente de escolher o Direito ou qualquer outra carreira, é importante que vocês estudem muito”.
“Eu aprendi que para ser juiz é preciso aprender bastante, disse Lara, de 13 anos. “Me surpreendi com o espaço em que fica o réu”, completou Caio, que visitou um museu pela primeira vez.
Lara, Caio e outros 42 estudantes de 11 a 13 anos, moradores da Rocinha e dos arredores tiveram a oportunidade de conhecer as dependências do Museu. Eles foram recebidos a partir da iniciativa da Secretaria-Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS), por meio do Projeto Uni-Duni-Tê, e da Secretaria-Geral de Administração (SGADM), em parceria com a 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) / Gávea.
“Essa oportunidade é uma iniciativa para estreitar os laços, para familiarizar os estudantes com o ambiente do Judiciário. Eles vêm de famílias que, geralmente, entram na Justiça pela questão do delito. É muito importante desconstruir esse ciclo que perpetua por gerações”, destacou Wendell dos Santos, membro da comissão de Integração de Proteção ao Educando da 2ª CRE.
“Ver essas crianças preocupadas e curiosas sobre o que pode acontecer com pessoas que cometem delitos e reconhecer até onde elas podem chegar é tocante, porque elas estão refletindo aqui a própria realidade. É importante conscientizar esses jovens de que eles têm potencial para chegar a qualquer lugar”, pontuou a juíza Fernanda Xavier de Brito.
“Eu achei essa visita uma maravilha. Aprendi muito, principalmente a não fazer o mal, a fazer o bem. Com isso, eu espero um futuro melhor”, disse Alicia, de 12 anos.
Participaram do encontro o secretário-geral da SGSUS, Antônio Francisco Ligiero; a secretária-geral da SGADM, Jacqueline Leite Vianna Campos, a diretora do Departamento de Gestão e Disseminação do Conhecimento, Ana Paula Teixeira Delgado; a diretora do Museu da Justiça, Siléa Macieira; servidores e colaboradores do TJRJ.
Uni-Duni-Tê
O Projeto oferece aos jovens de escolas públicas a conscientização do conceito de cidadania por meio do conhecimento de temas como o funcionamento do Poder Judiciário, além de noções gerais sobre a Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, Violência Doméstica e Violência nas Escolas, entre outros. A partir da visita guiada ao Museu da Justiça, as crianças e jovens participam de uma roda de conversa com magistrados e profissionais especializados.
Além de aproximar o Poder Judiciário das escolas públicas do Rio de Janeiro, o projeto Uni-Duni-Tê tem como um dos objetivos conscientizar os alunos dos seus direitos e deveres, buscando a prevenção da criminalidade na juventude e promovendo a mudança de comportamentos sociais.
Fotos: Rosane Naylor
Departamento de Comunicação Interna