Jornalistas e magistradas debaterão a divulgação de notícias sobre a violência doméstica na imprensa
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), em apoio à campanha mundial dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência contra as Mulheres, promove, por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (COEM), o evento “Mídia, Mulher e Justiça”. Serão debatidas questões como a divulgação de notícias sobre a violência doméstica pelos jornalistas e órgãos de imprensa.
O encontro, no próximo dia 4 de dezembro, às 14h, no Salão Histórico do I Tribunal do Júri, no Museu da Justiça, reunirá magistrados (as) e membros (as) da Coordenadoria, e terá palestras de jornalistas e escritoras engajadas na luta contra a violência de gênero, que palestrarão para o público interno do TJRJ
O evento será aberto pela desembargadora Adriana Ramos de Mello, coordenadora da COEM, e pelas jornalistas Fernanda da Escóssia (Aos Fatos), Vera Araújo (O Globo), Vitória Régia da Silva (Associação Gênero e Número), Niara de Oliveira e Vanessa Rodrigues (jornalistas autoras do livro "Histórias de Morte Matada Contadas Feito Morte Morrida").
Haverá também o lançamento do livro “Invisíveis – Uma etnografia sobre brasileiros sem documento”, de Fernanda da Escóssia.
As juízas Elen Barbosa e Luciana Fiala serão as mediadoras do encontro.
Como assistir
Para assistir às palestras presencialmente, basta comparecer à recepção do Museu da Justiça, com antecedência mínima de 30 minutos, para retirada de senha.
O acesso on-line será pela plataforma Microsoft TEAMS, utilizando o login com o e-mail funcional, por meio do link abaixo:
Clique e acesse a palestra na plataforma TEAMS >>>
Violência contra a mulher
O Dossiê Mulher 2023 do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelou que o Estado do Rio de Janeiro registrou 111 feminicídios no ano passado. Pelo menos cinco em cada 10 mulheres que perderam a vida tinham sofrido algum tipo de violência anteriormente.
No mesmo período, o Brasil teve um recorde de feminicídios, com 1.437 vítimas, um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior. O país registrou ainda um crescimento de todos os indicadores de violência contra a mulher, como lesão corporal (2,9%), concessão de medidas protetivas (13,7%) e ameaça (7,2%), segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Já no 1º semestre deste ano (2023), o país registrou 722 feminicídios conforme levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
16 Dias de Ativismo
A campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” foi criada em 1991, através do Centro de Liderança Global das Mulheres, e busca articular pessoas, instituições e organizações em todo o mundo para prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas. Em todo o mundo, os 16 dias abrangem o período de 25 de novembro a 10 de dezembro e se baseia na Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, além de se orientar rumo ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 5 da Agenda 2030 (ONU).
Departamento de Comunicação Interna