Novo episódio do “Quem sente na pele” traz relatos sobre LGBTfobia
Os Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (COGENs -1º e 2º graus) apresentam o tema da LGBTfobia no novo episódio do projeto “Quem sente na pele”.
Em 2023, pelo 15º ano consecutivo, o Brasil se manteve em primeiro lugar no ranking de países que mais matam pessoas transgêneros e travestis no mundo, de acordo com a ONG Transgender Europe, que monitora 171 nações. Ao todo, 321 mortes foram contabilizadas em todo o mundo entre outubro de 2022 e setembro de 2023, que é o período de coleta de dados anual da organização. Nesse mesmo período, mais de 250 pessoas LGBTQIA+ morreram de forma violenta no Brasil.
Segundo dados publicados em 2024 pela ONG Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga organização não governamental LGBT+ da América Latina, no ano passado, a cada 34 horas, uma pessoa LGBTQIA+ perdeu a vida após sofrer violência no país.
Renata Sérber é analista do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e casada há 18 anos com uma mulher. Neste episódio, ela conta sobre a experiência de viver um relacionamento homoafetivo, a descoberta da sexualidade e os desafios enfrentados por pessoas LGBTQIA+ no dia a dia.
O episódio também ouve Giowana Cambrone, professora de Direito e mulher trans, e Eric Scapim, juiz de Direito do TJRJ, que complementam e aprofundam, através de suas óticas e vivências, o debate sobre a LGBTfobia e a importância do Dia Internacional contra a Homofobia.
Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia
Celebrado no dia 17 de maio, o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia tem como objetivo promover a conscientização sobre a violência, discriminação, repressão e violações de direitos sofridas por pessoas da comunidade LGBTQIA+ ao redor do mundo. A efeméride marca o dia em que o “homossexualismo”, termo já em desuso para se referir à população LGBTQIA+, foi excluído da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer: em 2023, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 60 países criminalizavam relações entre pessoas do mesmo sexo, e ao menos 10 países impunham a pena de morte nesses casos. Os dados são do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).
Quem sente na pele
O projeto “Quem sente na pele” é uma série de vídeos promovida pelos Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (COGENs) e produzida pelo Departamento de Comunicação Interna (DECOI), por meio da Divisão de Mídia Audiovisual (DIMAU). A série apresenta depoimentos de servidores(as) e magistrados(as) com relatos de situações que viveram no dia a dia, relativos a temas ligados à discriminação, ao preconceito, à desigualdade e à vulnerabilidade, entre outros.
A iniciativa cumpre as determinações da Resolução nº 351 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de outubro de 2020, que institui a Política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação.
Assista ao novo episódio do projeto “Quem sente na pele - LGBTfobia”:
Departamento de Comunicação Interna