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Círculo de Construção de Paz de Rio das Ostras encerra seu 3º ciclo
Notícia publicada por DECOI - TJRJ em 28/08/2024 14:49

 

Na última quinta-feira (22/08), o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) de Rio das Ostras encerrou mais um ciclo dos Círculos de Construção de Paz, uma iniciativa do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da região. Durante quatro meses, as rodas de conversa cumpriram a missão de estimular a reflexão e a mudança de comportamento entre 10 homens oriundos de processos de violência doméstica.
 
De acordo com o juiz Henrique Assumpção Rodrigues de Almeida, coordenador do CEJUSC de Rio das Ostras, a experiência foi um sucesso: “O encerramento do terceiro Círculo de Construção de Paz confirmou o êxito do programa e do seu objetivo de auxiliar na política de enfrentamento à violência contra a mulher, contribuindo para que o agressor compreenda, reflita, repense e recicle seu modo de vida e valores, além de prevenir que protagonize outros episódios de abuso no futuro.”
 
O Círculo de Construção de Paz para Homens consiste em uma proposta do Judiciário – pautada na Lei Maria da Penha – de promover o enfrentamento às expressões da violência doméstica e familiar contra a mulher por meio do atendimento aos autores. Entre as ações que visam à prevenção da violência doméstica, estão a elaboração de campanhas educativas direcionadas aos agressores, debates sobre o tema e o encaminhamento ao Juizado.
 
“A gente vai participar com o peso do olhar, do pré-julgamento, mas está tudo na nossa mente, no nosso psicológico. Participando e vendo o desenvolvimento do trabalho, acabei vendo que não era nada disso, participei ativamente e foi muito bom. Tivemos muitas ótimas experiências ouvindo os relatos de outros companheiros e foi inspirador e positivo. Me ajudou muito nas minhas relações externas, na maneira de me expressar e na vivência social com outras pessoas.”, relatou um participante do último círculo.
 
As reuniões do grupo – que acontecem semanalmente ou quinzenalmente – são coordenadas por facilitadores que possuem autonomia na escolha da metodologia a ser utilizada. Segundo a facilitadora Daniela Fusaro, a ação tem como ponto principal a construção de um espaço seguro para o compartilhamento de experiências de vida que conectam os participantes a seus valores mais profundos, promovendo a mudança de pensamentos e ações.”
 
A participação nos círculos se dá através do encaminhamento por determinação judicial. Nesses casos, os processos ficam suspensos pelo período do círculo e, após o término, retornam à fase processual prévia.


Departamento de Comunicação Interna