Uerj apresenta relatório sobre o Índice de Desenvolvimento Sustentável do TJRJ
Depois de seis meses de pesquisas, o Centro de Estudos do Meio Ambiente Industrial (CEMAI) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) apresentou, nesta terça-feira (27/08), o relatório final para a melhoria do Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS) do Tribunal do Rio.
No estudo, realizado com o apoio de técnicos do TJRJ, o CEMAI analisou os dez indicativos ambientais do IDS - índice que avalia a sustentabilidade do Poder Judiciário. Na exposição do resultado do trabalho, o professor Fernando Altino Medeiros Rodrigues, que coordena o Centro de Estudos, citou alguns pontos positivos com excelentes resultados no TJRJ, entre eles o uso de materiais por pessoa. Também foram apontados indicadores que demandam melhorias, como o consumo de energia elétrica, água, papel e água envasada.
O relatório apresenta três sugestões para melhorar o IDS do Tribunal, listadas pelo professor: “A primeira é a compra de energia limpa de produtores de fazendas solares. Essa ação de vanguarda traria um resultado fantástico para esse indicador, que tem um peso de 20% no índice. A segunda sugestão seria descentralizar os controles no consumo de água. Como o Tribunal tem muitos prédios e todas as informações vêm para o Fórum Central, a velocidade de ação é muito reduzida. A terceira recomendação trata do indicador relacionado à água envasada. O relatório propõe uma sugestão básica, porém eficaz, que é a disponibilização de filtros e o uso de garrafinhas pelos funcionários”.
O desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, presidente do TJRJ, considerou importantes as informações divulgadas e as sugestões para iniciativas futuras: “É o primeiro passo. Os dados desse relatório vão nos proporcionar tomadas de decisão, porque precisamos servir de exemplo para a geração atual e para as gerações futuras. Vamos contribuir para um futuro melhor, por um mundo mais sustentável. Nosso Tribunal está fazendo a sua parte. E que isso sirva de exemplo para outros tribunais”.
O presidente do TJRJ pontuou, ainda, que a sustentabilidade no Poder Judiciário, prevista na Resolução CNJ n. 400/2021, é um dos pilares da sua gestão, responsável pela criação da Secretaria-Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS).
“Nós não tínhamos noção exata sobre quais eram os efetivos problemas que deveriam ser sanados. Então, a parceria com a Uerj foi muito importante para identificar os problemas e buscar soluções”, acrescentou a desembargadora Teresa de Andrade Castro Neves, presidente da Comissão de Políticas Institucionais para Promoção da Sustentabilidade (COSUS).
A professora Elizabeth Fernandes de Macedo, pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da Uerj, falou da importância da parceria com o TJRJ. “A possibilidade de estarmos apresentando os resultados de um trabalho de pesquisa e desenvolvimento que contribuirá para a melhoria de um órgão público é muito relevante para nós. Então, eu gostaria de deixar registrada a nossa abertura a novos encontros, oportunidades e parcerias”, concluiu.
Entre as autoridades que participaram do encontro, estavam as juízas auxiliares da Presidência Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, responsável pela área de sustentabilidade e responsabilidade social do Tribunal, e Renata Guarino Martins. Também assistiram à exposição do relatório os secretários-gerais Antônio Francisco Ligiero, da SGSUS; Jacqueline Leite Vianna Campos, de Administração (SGADM); Carlos Mauro Brasil Cherubini, de Governança, Inovação e Compliance (SGGIC); e Gabriel Albuquerque Pinto, de Gestão de Pessoas (SGPES).
IDS
O 8º Balanço da Sustentabilidade do Poder Judiciário, divulgado pelo CNJ em junho deste ano, apresentou o Índice de Desempenho da Sustentabilidade (IDS) dos tribunais do país. O levantamento revela os resultados em sustentabilidade e acessibilidade obtidos em 2023, com indicativos de avanços.
Fotos: Rosane Naylor
Departamento de Comunicação Interna