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Saúde Pública e Justiça Restaurativa: evento inédito debate desenvolvimento humano, trauma e violência
Notícia publicada por DECOI - TJRJ em 27/09/2024 13:00

Saúde Pública e Justiça Restaurativa: evento inédito debate desenvolvimento humano, trauma e violência

 

Magistrados, pesquisadores, psicólogos, especialistas e doutores se reúnem no Tribunal de Justiça do Rio, nos dias 26 e 27 de setembro para debaterem "Desenvolvimento humano, trauma e violência: diálogos entre a Saúde Pública e a Justiça Restaurativa”.

O trauma no sistema de Justiça, os impactos da violência no desenvolvimento humano, o ciclo da vida e da violência, intervenções da saúde e da justiça para autores de violência, e missão humanitária em contextos de emergências são alguns do temas abordados nas palestras, rodas de conversa e oficinas nos dois dias do encontro, no Auditório Desembargador José Navega Cretton, no Fórum Central.

Os desembargadores Caetano Ernesto da Fonseca Costa, 1º vice-presidente do TJRJ, e Cesar Felipe Cury, presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC); e a pesquisadora Kathie Njaine, chefe do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abriram o evento, na manhã desta quinta-feira (26/9).

“O Direito precisa ter uma nova concepção, um novo olhar em relação aos conflitos. Os caminhos tradicionais não estão trazendo os resultados esperados. Esse evento é de suma importância para toda a sociedade, principalmente para nós juízes, dentro da perspectiva de reavaliar sempre e melhorar o nosso trabalho”, ressaltou o 1º vice-presidente do Tribunal, que representou o presidente, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, na abertura.

 

Saúde Pública e Justiça Restaurativa: evento inédito debate desenvolvimento humano, trauma e violência


O desembargador Cesar Cury explicou a importância do diálogo interdisciplinar: “Há um círculo vicioso. A violência impacta no seio da sociedade, na família, na comunidade e é uma geratriz de novos episódios problemáticos da saúde, que vão resultar em novos episódios de violência. Nós precisamos abordar e interromper esse círculo. A Justiça Restaurativa coadjuvada com outras disciplinas, principalmente médicas e sanitaristas pode ser uma ferramenta importante para isso.”

“Normalmente a visão que se tem da violência está muito centrada nas questões de criminalidade. Este evento inédito busca estabelecer um diálogo entre a Saúde Pública e a Justiça Restaurativa. Visa à promoção da saúde e ao desenvolvimento de intervenções baseadas em evidências orientadas, sobretudo, para os impactos da violência na saúde dos indivíduos”, pontuou a pesquisadora Kathie Njaine.

Neste primeiro dia de debates, as psicólogas Fernanda Serpeloni, pesquisadora do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; e Glaucia Mayara Niedermeyer Orth, doutora em Ciências Sociais Aplicadas, trataram do tema “O lugar do trauma no sistema de Justiça: experiência brasileira”.

A segunda palestra do dia foi da doutora em Psicologia Clínica Elisabeth Kaiser (Alemanha), que falou sobre “Os impactos da violência no desenvolvimento humano, trauma e terapia de exposição narrativa: experiências de pós-guerra e de regiões em conflito ao redor do mundo”.

Para conhecer a programação completa do evento "Desenvolvimento humano, trauma e violência: diálogos entre a Saúde Pública e a Justiça Restaurativa", clique aqui.

 

Fotos: Tulio Bordon

Departamento de Comunicação Interna