TJRJ recebe integrantes do projeto “Mulheres, Histórias e Viagens”
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) recebeu, na segunda-feira (07/10), o projeto “Mulheres, História e Viagens”. As membras da iniciativa, que tem como objetivo debater sobre as questões que afetam as mulheres e, também, conhecer suas histórias no local visitado, conversaram com o presidente da Corte fluminense, Ricardo Rodrigues Cardozo, e a desembargadora Adriana Ramos de Mello, coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (COEM).
Estiveram presentes a advogada Luciana Branco Vieira e a professora Marinete Aparecida Zacarias Rodrigues, idealizadoras do projeto; desembargadoras aposentadas do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Selma Maria Marques de Souza e do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS), Maria Isabel de Matos Rocha; além de mulheres de carreiras jurídicas oriundas de cidades do Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e de Guadalajara (México).
“Como defensor da luta por igualdade de gênero e do combate à violência contra mulheres, enfatizo que a minha gestão tem como compromisso escutá-las e priorizá-las. Somos um dos Tribunais do país com mais avanço quando o assunto é a luta feminina, com inúmeros projetos que possibilitam com que essa igualdade esteja cada dia mais presente”, declarou o presidente do TJRJ.
Idealizadora do projeto, a advogada Luciana Branco Vieira conta que o grupo “Mulheres, Histórias e Viagens” foi iniciado para dar suporte à historiografia feminina, muitas vezes invisibilizadas na história.
"Começamos com a proposta de escrever artigos falando de mulheres, fizemos uma primeira coletânea, assim fizemos um livro, passamos em um edital da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul. Depois, escrevemos outro sobre Mulheres na História da América Latina e somamos às mulheres juristas e historiadoras do Brasil, Equador e Argentina”.
Após a publicação dos livros, o grupo resolveu ampliar o projeto e sair do academicismo para agregar mais mulheres e assim surgiu o “Mulheres Viajando na História”, como explica Luciana. “Nós fomos ao Tribunal de Justiça do Paraguai, falamos das mulheres na guerra da Tríplice Aliança, fizemos as visitas institucionais e laços de amizades. A ideia é que os laços se fortaleçam”.
O fortalecimento desses laços entre mulheres está escrito no artigo terceiro do Estatuto da Confederação Internacional de Mulheres Juristas, que abrange todas as carreiras jurídicas. “A ideia é que a gente faça essa integração de mulheres e do judiciário. Acredito que, ao estreitar esses laços, vamos criando vínculos e, assim, olhamos o direito mais amplamente”, afirma a advogada e idealizadora do projeto.
A desembargadora Adriana Ramos de Mello diz que é o projeto muito importante por unir mulheres de vários estados e carreiras jurídicas com o mesmo objetivo, olhar para essa temática e, também, para o direito.
"Esse grupo resgata a história sob a perspectiva da mulher. É muito importante o presidente tê-las recebido no Tribunal, ouvido sobre o projeto, que é superinteressante de mulheres na história, que também congrega a área do Direito para pensar sob uma perspectiva de gênero”.
Fotos: Rosane Naylor
Departamento de Comunicação Interna