Série do Fantástico sobre atuação de juízas do TJRJ conquista 2º lugar em prêmio do CNJ
O especial ‘Não é Amor’, do Fantástico (Globo), que abordou, no ano passado, o mutirão de juízas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) no Fórum da Leopoldina conquistou o 2º lugar na categoria Mídia Nacional da II edição do Prêmio Juíza Viviane do Amaral, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A comissão organizadora do Prêmio decidiu conceder uma menção honrosa ao especial na próxima segunda-feira (29/8), em Brasília. Produtora das reportagens especiais, a jornalista da TV Globo Mônica Marques receberá o prêmio.
Em outubro do ano passado, o Fantástico acompanhou o trabalho de 12 magistradas que reduziram o acervo processual de casos de violência doméstica no Fórum da Leopoldina e de vítimas que sofreram algum tipo de violência. Duas reportagens especiais foram exibidas em dois domingos seguidos.
O mutirão foi realizado até setembro e resultou na redução de 42,79% do acervo do Juizado no Fórum da Leopoldina: de 11.334 processos para 6.485. Foram proferidas 2.552 sentenças, dadas 2.748 decisões e 1.908 despachos, além de 1.960 audiências de instrução e julgamento realizadas.
Os processos do mutirão foram analisados em formato eletrônico depois da digitalização prioritária do acervo de processos físicos.
O 6º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, da Leopoldina, abrange os complexos do Alemão e da Maré, atendendo 67 bairros e 339 comunidades – como Jacarezinho, Vigário Geral, Ramos, Méier, Inhaúma, Méier, Ilha do Governador e Pavuna. O juizado da região, fortemente impactada pela violência doméstica, recebe cerca de 550 processos por mês.
Sobre o prêmio do CNJ
O II Prêmio CNJ Juíza Viviane do Amaral avalia projetos bem-sucedidos e inovadores de enfrentamento à violência doméstica e familiar. Criado pelo CNJ no ano passado em homenagem à magistrada do Rio vítima de feminicídio, a premiação confere visibilidade e notoriedade a iniciativas de prevenção e combate à violência, maus-tratos e crimes contra mulheres.
Em contexto marcado pelo aumento das agressões, o prêmio também tem a finalidade de conscientizar integrantes do Judiciário e da sociedade sobre a necessidade de vigilância permanente no enfrentamento a esse tipo de violência.
FB/MB