Em entrevista ao Programa de História Oral, desembargador Milton Fernandes, presidente do TJRJ no biênio 2017/2018, fala sobre crise financeira e sistema prisional
Na última terça-feira (25/10), o Programa de História Oral do Poder Judiciário, desenvolvido pela Comissão de Preservação da Memória Judiciária (Comemo) e pelo Museu da Justiça, retomou suas atividades pós-pandemia com a entrevista do desembargador Milton Fernandes de Souza, realizada no Salão Nobre do Antigo Palácio da Justiça. O magistrado foi entrevistado pelo também desembargador Ronald dos Santos Valladares, membro da Comemo e coordenador do Programa de História Oral e pelo chefe do Serviço de Acervo Textual, Audiovisual e de Pesquisas Históricas – Seata, Gilmar de Almeida Sá.
Durante o depoimento, o magistrado rememorou fatos marcantes de sua vida pessoal e de sua trajetória de 38 anos dedicados à magistratura, em especial os desafios enfrentados durante o biênio 2017/2018, quando exerceu a Presidência do Tribunal de Justiça do Rio. Foram abordados temas como o enfrentamento da crise financeira do Estado, a obtenção da autonomia financeira do Tribunal de Justiça, as medidas adotadas para a pacificação do sistema prisional e a criação das Centrais de Audiências de Custódia em presídios.
A entrevista, em seu formato transcrito e audiovisual, em breve, irá compor o acervo histórico do Poder Judiciário e estará disponível tanto para as pesquisas institucionais realizadas pelo Museu da Justiça, quanto para pesquisadores externos.
O Programa de História Oral do Poder Judiciário foi criado em 1998 com o objetivo de preservar e difundir a memória do Judiciário fluminense, a partir do testemunho dos seus próprios agentes e, desde então, mais de 200 personalidades da comunidade judiciária já deixaram registradas suas memórias para a posteridade.