Autismo é tema de palestra promovida pela Secretaria Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social e Museu da Justiça
Médica clínica e psiquiatra, Ana Rosa Frota Aguiar, falou da referência que as pessoas têm ao imaginar uma pessoa com Espectro Autista.
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), por meio da Secretaria Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS) e do Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário, promoveu nesta quinta-feira (27/4) uma tarde de muita informação, troca de conhecimento e relatos importantes sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Intitulada como “Autismo – Fatos Relevantes”, a palestra, realizada no Espaço Multiuso do Museu do TJ, reuniu palestrantes que abordaram sobre aspectos clínicos e judiciais afetos aos portadores do TEA, com enfoque na busca de soluções pragmáticas para o acesso ao seu correto acompanhamento em ambas as esferas.
Representando o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, a juíza auxiliar da presidência, Ana Paula Monte Figueiredo, destacou que o magistrado preza pela sustentabilidade, responsabilidade social e inclusão.
“Ele está feliz por poder, como presidente, desenvolver este lado. E para evidenciar a importância que dá para este assunto, criou uma secretaria específica para isso, para desenvolver vários projetos, dar mais visibilidade e apoiar tudo que nós podemos desenvolver nesta área.”
“É de suma importância dar visibilidade a este tema. Hoje temos muito o que aprender com vocês”, resumiu o secretário-geral da SGSUS Antônio Francisco Ligiero.
Palestras
Abrindo o encontro, a juíza titular do 16º Juizado Especial Cível de Jacarepaguá, Keyla Blank de Cnop, e, mãe de autista, ressaltou que é fundamental o envolvimento da sociedade no processo de inclusão.
“As pessoas com deficiência são sujeitas de direitos, autonomia e independência para fazer as suas escolhas. A deficiência é um processo em construção e cabe a sociedade a responsabilidade de eliminar barreiras, quaisquer que sejam”, destacou.
A médica clínica e psiquiatra, neurodiversa com dupla excepcionalidade, Ana Rosa Frota Aguiar, e fundadora do Instituto Nacional de Tratamento, Estudo e Apoio ao Adulto no Espectro Autista (INTEA), falou da referência que as pessoas têm ao imaginar uma pessoa com Espectro Autista.
“Espectro Autista é uma deficiência invisível e quando falamos sobre as pessoas imaginam crianças brancas e do sexo masculino.”
Além das duas, a palestra contou, ainda, com a participação de Berenice Piana, mãe de autista e coautora da Lei 12.764/2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista; da pesquisadora do INTEA, Jade da Mota; das servidoras do TJRJ e mães de autistas, Cristina Lúcia Pereira de Farias e Renata Damasco; da defensora pública, coordenadora do Núcleo de Pessoa com Deficiência e também mãe de autista, Marina Magalhães Lopes; da coordenadora do Vale Social, Celina Rodrigues; e da mãe Renata Pereira da Silva Gusmão e seu filho Kleyton da Silva Gusmão, autista e universitário do curso de Tecnologia da Informação.
IA/FS
Foto: Felipe Cavalcanti/TJRJ