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Caso Kathlen Romeu: 2ª Vara Criminal da Capital ouve quatro testemunhas em audiência de instrução e julgamento
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 29/05/2023 20:17

O juízo da 2ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ouviu nesta segunda-feira (29/5), em audiência de instrução e julgamento, quatro testemunhas arroladas pelo Ministério Público do Rio no processo da morte da designer de interiores Kathlen Romeu. Grávida de quatro meses, a jovem foi morta no dia 8 de junho de 2021, com um tiro de fuzil no tórax, no Complexo de Lins de Vasconcelos. A juíza Elizabeth Machado Louro designou o dia 7 de agosto para continuação da audiência, quando serão ouvidas novas testemunhas. 


Os cabos da Polícia Militar Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias são acusados como os autores dos disparos que mataram Kathlen. Os militares realizavam patrulhamento de rotina na área conhecida como Beco da 14, próximo à Rua Araújo Leitão, por onde Kethlen passava com a avó. Os dois alegam que trocaram tiros com traficantes locais e Kethlen acabou atingida. 


Em depoimento emocionado, a avó de Kethlen, Sayonara de Fátima Queiroz de Oliveira, que acompanhava a neta no momento em que ela foi atingida, relatou todo o trajeto feito pelas duas. Segundo Sayonara, elas seguiam para a casa de uma tia de Kethlen e durante a caminhada as ruas estavam calmas, sem barulho de troca de tiros, até o momento em ouviu uma rajada e viu a neta caída no chão. 


“Quando a vi caída, achei que ela estava se protegendo, até ver que ela estava ferida. Eu comecei a gritar, pedindo socorro, quando chegou um PM, ignorou o corpo da minha neta e começou a me interrogar. Minha neta já chegou morta no hospital. Não tinha mais esperanças de nada”, declarou. 


Em seguida, a mãe de Kethlen, Jackelline de Oliveira Lopes, relatou que nunca se recuperou pela morte da filha. Ela contou como recebeu a notícia de que Kethlen havia recebido um tiro no braço, mas que ao chegar ao hospital foi comunicada sobre a morte da filha. Ela disse ter passado, nesses anos após a perda da filha, por tratamentos com psiquiatras e que vive com apoio de remédios e de sessões de terapia. “Para não enlouquecer, eu saio de casa para trabalhar”, destacou em seu depoimento. 

Também foram ouvidas Marinalva Mafra Pinto, moradora do Beco da 14, e Noeli Brandão, presidente da Associação de Moradores Unidos do Barro Preto, do Complexo do Lins. 

Processo nº 0187898-85.2022.8.19.0001 
 
JM/FS