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Tribunal de Justiça homenageia magistrados dando seus nomes aos plenários do Órgão Especial e do Tribunal Pleno e ao Salão Nobre
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 23/10/2023 21:59

O presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, descerrou a placa do Plenário Desembargador Estenio Cantarino Cardozo,  seu pai, na presença de toda a família

 

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, presidiu nesta segunda-feira (23/10) a cerimônia de nomeação do Plenário Ministro Waldemar Zveiter, do Plenário Desembargador Estenio Cantarino Cardozo e do Salão Desembargador José Joaquim da Fonseca Passos. A cerimônia contou com a presença de magistrados, servidores, advogados, autoridades do meio jurídico e familiares que lotaram os espaços onde as homenagens aconteceram e o Foyer do Tribunal. 

O desembargador Estenio Cantarino Cardozo foi homenageado, tendo a Sala de Sessões do Órgão Especial recebido seu nome; o ministro Waldemar Zveiter teve seu nome atribuído ao plenário do Tribunal Pleno do TJRJ; e o Salão Nobre do TJRJ passa, agora, a chamar-se Salão Desembargador José Joaquim da Fonseca Passos. 

Coube aos filhos dos homenageados fazer as honras da cerimônia. Assim, o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, filho do desembargador Estenio Cantarino Cardozo, falou da carreira e lutas de seu pai; o desembargador Luiz Zveiter, filho do ministro Waldemar Zveiter, enalteceu o homem e ministro que lhe deixou legado ímpar; e o desembargador Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos, filho do desembargador José Joaquim da Fonseca Passos, exaltou a vida do pai e seu trabalho na Justiça Eleitoral. 

O presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, fez questão de destacar as trajetórias dos três magistrados homenageados, avaliando serem mais que merecidas pelo trabalho que desenvolveram em prol da Justiça. 

“É um momento de muita emoção para todos nós e para nossas respectivas famílias. Como chefe do Poder Judiciário do Rio de Janeiro, faço questão de lembrar um pouco de cada um dos homenageados. O ministro Waldemar Zveiter, foi um dos mais cultos e generosos advogados que nós já conhecemos. E depois, como magistrado do TJRJ, teve uma trajetória brilhante, até seguir para o Superior Tribunal de Justiça. Nada mais justa que essa homenagem.”

E, com muita alegria e satisfação, o presidente Ricardo Cardozo revelou que recebeu o nome do desembargador José Joaquim da Fonseca Passos como um dos homenageados. 

“Quando me trouxeram o nome do desembargador José Joaquim da Fonseca Passos, para nomear o Salão Nobre do TJRJ, eu achei a ideia espetacular. Porque foi o desembargador, como presidente do TRE, a comandar o primeiro grande recadastramento eleitoral que tivemos no estado. É um magistrado que serve de exemplo para todos nós.” 

Ao falar da homenagem ao seu pai, o presidente do TJRJ fez questão de lembrar de sua luta pela valorização dos magistrados, na época da fusão dos estados da Guanabara e do antigo Estado do Rio de Janeiro, em 1975. Ele lembrou que, além da diferença na remuneração, os magistrados oriundos do interior só eram promovidos por antiguidade, enquanto que as promoções por merecimento só eram destinadas aos magistrados da capital.  

No momento de descerramento da placa com o nome do seu pai, o presidente fez questão de estar acompanhado de sua mãe, Therezinha Cardozo, da esposa, Marta de Almeida Rodrigues Cardozo, filhos e netos. 

“Eu recebi a homenagem ao meu pai, em nome da minha família, com muita alegria e orgulho, pois entendo ser merecida. O desembargador Estenio Cantarino Cardozo foi um magistrado que sempre lutou pela magistratura. Na ocasião da fusão, ele, ao lado de outros magistrados e advogados, foi um dos mais ativos na luta pela igualdade entre os magistrados oriundos do interior e os da capital. Acompanhei sua luta, durante cinco anos, de 1975 a 1980, pela igualdade salarial e pela equiparação de direitos a promoção entre os magistrados. Essa homenagem não é só a ele, mas, também, a todos os magistrados que lutaram. Por isso que solenidades como essa são fundamentais para lembrarmos desses momentos e, principalmente, para não esquecermos, nunca mais, que a magistratura tem que ser unida.” 

 

 

Emocionado, o desembargador Luiz Zveiter aplaudiu, junto com o irmão, o advogado Sergio Zveiter, e familiares  a homenagem ao ministro Waldemar Zveiter, seu pai

 

Presidente do TJRJ (biênio 2009-2010) e decano do TJRJ, o desembargador Luiz Zveiter, muito emocionado, destacou os laços que unem as três famílias dos homenageados. 

“A vinculação da minha família com as famílias dos desembargadores homenageados é enorme. Na época da aposentadoria do desembargador Estenio Cantarino Cardozo eu ia substituí-lo na 6ª Câmara Criminal, mas acabei indo para a Câmara Cível. E foi o desembargador José Joaquim da Fonseca Passos quem me ensinou a ser juiz. Por tudo isso, esse é um momento ímpar para nossa família. ” 

 

 

Ao lado de familiares e amigos, o desembargador Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos destacou que a homenagem a seu pai, o desembargador José Joaquim da Fonseca Passos, envaideceu toda a família 

 

O desembargador Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos também destacou a trajetória de seu pai em prol da magistratura. 

“Eu e minha família ficamos muito envaidecidos com essa homenagem. E gostaria de destacar o espírito associativo do meu pai, lembrando que foi na sua gestão na Amaerj que foi adquirida a sede campestre da entidade. E também sua função de conciliador, na época em que foi corregedor no TRE, no sentido de buscar a aproximação entre os magistrados do antigo estado da Guanabara e do antigo Estado do Rio, na ocasião da fusão. Por isso, considero essa homenagem mais do que justa. ” 

 

O Foyer do Tribunal de Justiça ficou lotado na cerimônia que homenageou os magistrados que contribuíram para a história  do Tribunal de Justiça do Rio

 


 
Os homenageados 


Desembargador Estenio Cantarino Cardozo 
 
O desembargador Estenio Cantarino Cardozo tomou posse como juiz de Direito no ano de 1965. Presidiu o Tribunal de Alçada Criminal do Rio de Janeiro em 1995. Por ocasião da fusão, lutou incessantemente pela união das Magistraturas do extinto Estado da Guanabara e do Estado do Rio de Janeiro. Sua ação ao lado de tantas outras, culminou com a criação da atual Associação do Estado do Rio de Janeiro, da qual foi Vice-Presidente e Tesoureiro. Homem combativo e ético. 

 
Ministro Waldermar Zveiter 
 
O ministro Waldemar Zveiter tomou posse como desembargador em 1983 no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, onde presidiu a Sétima Câmara Cível, integrou o Conselho da Magistratura e foi membro suplente da Comissão de Concurso para ingresso na Magistratura deste Tribunal. Em 1989, foi nomeado Ministro do Superior Tribunal de Justiça.  Autor de numerosos pareceres, votos e estudos doutrinários publicados em repertórios especializados. 
 
Desembargador José Joaquim da Fonseca Passos 
 
O desembargador José Joaquim da Fonseca Passos foi aprovado em concurso para a magistratura na primeira turma do Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara, em 1960. Promovido a desembargador, integrou o Órgão Especial. Foi corregedor e presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TER). Com a criação do Museu da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, foi conduzido à Presidência do Colegiado do Órgão, empenhando-se na preservação e divulgação da memória do Judiciário Fluminense.


JM/FS
Fotos de Felipe Cavalcanti e Rosane Naylor