Nupemec promove círculo de troca de saberes e experiências em celebração pela Semana Internacional da Justiça Restaurativa
A reunião foi marcada pela troca de conhecimentos e experiências
Respeito, gentileza, fraternidade e solidariedade. Estes foram alguns dos princípios apontados por facilitadores em encontro promovido nesta quarta-feira (29/11) pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) para comemorar a Semana Internacional da Justiça Restaurativa.
Mas, você sabe o que é Justiça Restaurativa e como ela funciona?
A defensora pública e facilitadora Larissa Davidovich, que mediou o encontro, definiu a Justiça Restaurativa como um espaço de acolhimento que visa buscar novas soluções para as divergências enfrentadas entre as partes. “A gente vê a Justiça Restaurativa como um ambiente seguro, confortável, e que dá protagonismo para as vítimas buscarem soluções aos conflitos com um novo olhar. Ela é uma justiça que vai trabalhar nas relações e nas pessoas com um objetivo: que todos os envolvidos na situação sejam acolhidos, ouvidos e respeitados”, declarou.
Um ato normativo conjunto de 2023 ampliou as possibilidades de atuação para quem se forma como facilitador. Para a chefe do Serviço de Apoio à Justiça Restaurativa do Nupemec, Patrícia Glycerio Rodrigues Pinho, essa mudança foi positiva para o profissional que pode se destacar na área. “Um ato normativo conjunto deste ano organizou o fluxo do cadastramento dos facilitadores restaurativos e deu maior visibilidade para esse profissional que tem as suas especificidades, quando comparado com o mediador. Agora, essa pessoa pode escolher ser mediadora e facilitadora restaurativa ou exercer só uma dessas funções”, pontuou.
O principal objetivo do evento foi proporcionar um círculo de aprendizado e aceitação para aqueles que estão se formando ou que já têm a formação, mas que ainda não possuem a prática, como é o caso da advogada Tereza Brandão. Dona de muitas formações, ela atua desde 2015 como mediadora, mas deseja conhecer mais sobre a facilitação na Justiça Restaurativa.
“Em 2015, comecei a ler e estudar sobre mediação e foi uma mudança de vida para mim. Mas agora quero buscar mais sobre a facilitação. Eu já tenho formação, mas busco um pouco mais de prática. A facilitação na resolução de conflitos da Justiça Restaurativa é uma esperança e a minha meta é trazer um pouco de equilíbrio para esse mundo”, expôs.
*KB/FS
Fotos: Felipe Cavalcanti
*Estagiária sob supervisão de SP