Presidente do TJRJ participa da abertura do 25º Congresso Internacional de Oficiais de Justiça no Rio

O presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Cardozo, participa da abertura do 25º Congresso UIHJ

Ao lado do ministro Márcio França, do Empreendedorismo, Microempresa e Empresas de Pequeno Porte, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, participou, na manhã desta quarta-feira (8/5), da mesa de abertura do maior evento de oficiais de justiça do mundo, que acontece no Rio de Janeiro.

No encontro que reúne representantes de mais de 50 países, o presidente do TJRJ destacou a importância dos oficiais de justiça e disse, para um público de mais de 600 pessoas, que a categoria exerce um papel de extrema relevância para a efetividade do processo judicial.

Uma carreira em transformação

“Assim como nós magistrados e magistradas e advogados e advogadas temos que nos adaptar ao mundo digital e às tecnologias, a carreira de oficiais de justiça está em transformação. Não vejo a inovação tecnológica, tão presente nos dias de hoje, como uma ameaça à carreira. O oficial e a oficial de justiça sempre terão uma importância muito grande e são parte fundamental nesse comando, onde importante é prestar um bom serviço para a população pelo Poder Judiciário”, destacou o presidente do TJRJ.

O desembargador Ricardo Cardozo deu as boas-vindas aos participantes do encontro que aconteceu no Hotel Fairmont, em Copacabana, e foi muito aplaudido ao desejar que todos aproveitem a cidade, uma das mais bonitas do mundo, e o povo caloroso que vai proporcionar momentos inesquecíveis nessa estada.

O presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Cardozo, fala sobre a necessidade de adaptação ao mundo digital 

A abertura do evento, cujo tema é “Oficial de Justiça: o agente de confiança”, foi feita pelo presidente da União Internacional dos Oficiais de Justiça, Marc Schmitz, após a apresentação de um vídeo vibrante sobre o Rio de Janeiro. Esta é a primeira vez que o evento, que acontece a cada três anos, foi realizado na América Latina e o Rio de Janeiro foi a cidade escolhida para sediar o 25º Congresso da UIHJ.

“O oficial de justiça é o pilar fundamental da segurança jurídica e nenhuma tecnologia, como a inteligência artificial e um algoritmo, poderá substituir esse profissional”, disse Schmitz.

Ministro foi oficial de justiça

O ministro Márcio França contou que se sentia honrado em representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente, Geraldo Alckmin; e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no evento. Formado em Direito, ele contou que foi, durante dez anos, oficial de justiça, antes de ingressar na política.

“Estamos vivendo um momento muito difícil, que são as enchentes e as mudanças climáticas no Rio Grande do Sul e todo o governo está envolvido. Mas estou aqui representando o governo e tenho carinho muito especial pela carreira. Vocês estão tendo a oportunidade de debater as características e as peculiaridades da profissão em cada país aqui representado, o que é de grande importância. Desejo a todos um grande e proveitoso encontro”, destacou o ministro.

O presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França; a presidente do SINDOJUS/AOJA/RJ, Claudete Pêssoa; o presidente da União Internacional dos Oficiais de Justiça, Marc Schmitz; e a presidente da FENASSOJAF, Mariana Liria, participaram da abertura do 25º Congresso Internacional de Oficiais de Justiça.

Garantidor das ordens judiciais

A presidente da Associação Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (Fenassojaf), Mariana Liria, cuja entidade apoia o 25º Congresso da UIHJ, falou da importância do oficial e da oficial de justiça para a garantia do cumprimento das decisões judiciais e disse estar certa de que o congresso será um divisor de águas para os oficiais de justiça do país e do mundo.

Representando o prefeito Eduardo Paes, o procurador-geral do município, Daniel Bucar, ressaltou a importância da carreira para o Poder Judiciário, acrescentando que o oficial e a oficial de justiça são o braço direito do sistema judiciário.

Rio de Janeiro tem 1,3 mil oficias de justiça

Claudete Pêssoa, presidente do Sindicato e Associação dos Oficiais de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, disse que o congresso internacional representa uma grande oportunidade para a troca de experiências e que a categoria é essencial para a efetividade do Judiciário. Ela não vê a tecnologia como um inimigo.

“Importante redimensionar nossas atividades. A tecnologia é uma aliada do oficial e da oficial de justiça e não representa uma substituição. Hoje somos cerca de 1,3 mil em todo estado e fazemos um trabalho de extrema importância até para garantia dos direitos dos cidadãos”, afirmou Claudete Pêssoa.

O congresso termina na próxima sexta-feira (10/5) e será apresentado, no final do encontro, o Código Mundial de Ética Profissional.

PF/MB
Fotos: Rosane Naylor/TJRJ