Justiça Cidadã encerra 43ª turma com aula sobre Direito do Consumidor
O programa Justiça Cidadã do Tribunal de Justiça do Rio encerrou a 43ª Turma Regular, nesta quinta-feira (11/7), no Fórum do Méier, com uma aula sobre Direito do Consumidor. No entanto, esse não foi um encontro convencional entre professora e alunos sobre o código de 1990; mas uma experiência que abarcou democracia, racismo e direitos fundamentais. Coordenada pela desembargadora Cristina Gaulia, a aula apresentou conteúdos que transformaram a sala, por três horas, num espaço de perguntas e discussões aprofundadas, reafirmando o propósito do programa: o fortalecimento da cidadania e o empoderamento social.
“Não é uma aula que você dá de uma determinada disciplina na faculdade de Direito. Na verdade, é expandir ao máximo a oportunidade que você tem de falar para as lideranças comunitárias para que eles consigam entender que é necessário refletir criticamente”, avalia a desembargadora, que coordena o programa.
Os alunos não hesitaram em fazer perguntas específicas sobre casos consumeristas, interpretar decisões judiciais e explorar situações controversas. A desembargadora e professora Cristina Gaulia, com sua experiência, esclareceu cada dúvida, enfatizando que o Justiça Cidadã não é um curso típico de Direito, mas um espaço para lideranças comunitárias refletirem criticamente sobre a sociedade.
A história de Isabela Paranhos, uma assistente social, exemplifica o impacto profundo do Justiça Cidadã. Iniciou o curso ansiosa pelo desconhecido e saiu transformada, com novos planos e um interesse renovado pelo mundo jurídico. As lições sobre Justiça Restaurativa inspiraram Isabela a matricular-se em técnicas de mediação, um complemento para sua formação no Serviço Social.
Comemorando 20 anos, o Justiça Cidadã consolidou-se como uma política pública, formando milhares de alunos e mantendo-se relevante graças ao compromisso dos professores e seu conteúdo transdisciplinar. Antônio Francisco Ligiero, secretário-geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS), atribui a longevidade do programa ao seu baixo custo de manutenção e objetivo claro: empoderar as pessoas com conhecimento.
Foto: Felipe Barreto/TJRJ
FB/FS