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Justiça Cidadã comemora 20 anos com aula inaugural da 44º turma do programa
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 15/10/2024 20:43
Evento realizado no Tribunal de Justiça reuniu dezenas de pessoas

Da esquerda para a direita: Luiz Felipe Fleury Correa, diretor do Departamento de Acesso à Justiça, Ação Social e Acessibilidade; a juíza auxiliar da Presidência Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros; a desembargadora do TRE-RJ Kátia Valverde Junqueira; a desembargadora do TJRJ Cristina Tereza Gaulia, coordenadora do Programa Justiça Cidadã; o desembargador Miguel Pachá, presidente do TJRJ no biênio 2003-2004; e Antônio Francisco Ligiero, secretário-geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do TJRJ

 

O Programa Justiça Cidadã do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro comemorou, na tarde desta terça (15/10), os 20 anos de sua criação com a realização da aula inaugural da 44ª Turma Regular da iniciativa. A cerimônia aconteceu no Auditório Desembargador José Navega Cretton, no Fórum Central, onde o programa nasceu, ganhou corpo e presença. 

 

Aula inaugural da 44ª Turma Regular do Programa Justiça Cidadã em  comemoração aos 20 anos do projeto

 

Diante de um auditório lotado de alunos e convidados, a desembargadora Cristina Tereza Gaulia, idealizadora e coordenadora do projeto, lembrou que se passaram duas décadas desde o início do programa criado durante a gestão do desembargador Miguel Pachá, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no biênio 2003/2004, que prestigiou a solenidade. 

“Duvidei que iríamos conseguir manter este curso por 20 anos porque a história da democracia nem sempre foi de transmissão de informações sobre o que é ser um cidadão e quais são os seus direitos e deveres. Agora posso presenciar a chama acesa deste programa”, declarou Gaulia.

O desembargador Miguel Pachá recordou que, na época do nascimento do projeto, os juízes falavam rebuscado e acrescentou que “o Poder Judiciário precisa ser menos hermético e falar com a comunidade”. Sem esconder a satisfação, o magistrado registrou que valeu a pena o esforço: “Estou feliz de ver que o que plantamos germinou e se tornou realidade. ”

Em seguida, a juíza auxiliar da Presidência Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros reforçou a importância do diálogo e dos conhecimentos que os professores integrantes do curso têm a passar. Já a desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Kátia Valverde Junqueira ministrou a aula inaugural. Com breve introdução sobre a Justiça Eleitoral, lembrou marcos da evolução na história, como, por exemplo, o momento em que as mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar e ser votadas, em 1933.

Mônica Lahmann, presidente da Associação de Bairros Viga, que reúne os bairros de Vila Isabel, Grajaú, Andaraí e Maracanã, participou da cerimônia e contou que suas dúvidas sobre os direitos dos cidadãos a levaram até o programa. “Percebi que as pessoas tinham muitas dúvidas sobre como acessar processos administrativos, entre outros serviços, que são gratuitos. Agora, pretendo ajudar as pessoas na busca por justiça e pelos seus direitos”, anunciou.

Também na plateia, Reinaldo Tiago da Cruz ouvia a aula inaugural enquanto se lembrava de sua entrada no programa. Ele contou que estava em situação de rua quando assistiu a um casamento comunitário e recebeu as primeiras informações sobre o Justiça Cidadã. Logo começou a fazer cursos do programa e, mais tarde, já como líder comunitário da favela Dona Marta, passou a encaminhar moradores da comunidade para participar das turmas.

O Programa Justiça Cidadã realiza capacitação de lideranças comunitárias, membros de associações e participantes da sociedade civil organizada para que desenvolvam trabalhos voltados à melhoria da qualidade de vida das comunidades periféricas. Durante o curso, os alunos aprendem sobre Direito, justiça, cidadania e, também, sobre o emprego de métodos alternativos para solução de conflitos. 

A comemoração de 20 anos do programa também contou com as presenças de Antônio Francisco Ligiero, secretário-geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social; Luiz Felipe Fleury Correa, diretor do Departamento de Acesso à Justiça, Ação Social e Acessibilidade; de Nivalda Faria de Aguiar, participante do Programa Justiça Cidadã, entre outros. A cerimônia foi encerrada com a participação das crianças do coral de libras da Associação Beneficente Jurema Amor.

ML/FS/MB

Fotos: Brunno Dantas/TJRJ