Nupemec promove iniciativa para mudança de comportamento de homens violentos com mulheres
Grupo de homens agressores no contexto da Lei Maria da Penha participa de iniciativa do Nupemec realizada no Cejusc de Bangu
Despertar a consciência masculina para relações e comportamentos sadios que evitem a violência. Esse é o principal objetivo das atividades do “Círculo de Homens” no contexto da Lei Maria da Penha, projeto desenvolvido pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Resolução de Conflitos (Nupemec) que, nesta quarta-feira (4/12), contou com a oitava edição deste ano, no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Bangu.
De acordo com a juíza Ellen Garcia Mesquita, do Cejusc de Bangu, a iniciativa realizada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) em parceria com o Instituto Shanti Brasil, acontece com homens autores de Violência Doméstica no contexto da Lei Maria da Penha. Ela explicou que os encaminhamentos são feitos pelo juízo da Vara de Violência Doméstica que impõe a participação do agressor no círculo restaurativo.
“A ideia é combater os efeitos nocivos da construção da sua masculinidade unindo esforços para estancar a violência praticada para evitar novos casos e que ocorram consequências ainda mais graves, especialmente quando os casos de violência doméstica acontecem na presença de crianças e adolescentes que sofrem abalo psicológico provocado pela situação. A verdadeira missão da iniciativa é, não apenas aplicar a lei, mas propagar a paz”, destacou a magistrada.
Aline Gabriel, chefe de setor do Cejusc de Bangu, auxilia na condução do “Círculo de Homens” no contexto da Maria da Penha. Segundo ela, é importante a atividade como boa prática dentro da Justiça Restaurativa.
“Nós criamos um espaço de reflexão para que os participantes compartilhem suas histórias e se identifiquem para perceber que não estão sozinhos. Nos encontros são abordados temas como: agressividade, relacionamentos abusivos, traumas de infância/ adolescência, assédio moral e sexual e paternidade”.
O “Círculo de Homens” no contexto da Lei Maria da Penha funciona também nos Cejuscs de Rio das Ostras e São Gonçalo.
SV/MB
Foto: Brunno Dantas