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Prédios do Fórum Central e Museu da Justiça recebem nomes de magistrados homenageados
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 09/12/2024 17:35

Da esquerda para a direita: desembargador Cleber Ghelfenstein; presidente da Amaerj, juíza Eunice Haddad; juiz Maxwel Rodrigues da Silva; Pedro Boente, filho do desembargador Boente; presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; viúva do desembargador Boente, Márcia Boente; e enteados do desembargador Boente

Da esquerda para a direita: desembargador Cleber Ghelfenstein; presidente da Amaerj, juíza Eunice Haddad; juiz Maxwel Rodrigues da Silva; Pedro Boente, filho do desembargador Boente; presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; viúva do desembargador Boente, Márcia Boente; e enteados do desembargador Boente

O Fórum Central do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) agora se chama Fórum Desembargador Antonio Jayme Boente. A solenidade de nomeação do prédio foi realizada na manhã desta segunda-feira (9/12) e contou com a presença de familiares do homenageado e magistrados.

“Hoje é um dia muito especial para mim. O Boente foi um amigo de longa data. Eu me sinto muito feliz hoje por estar homenageando-o com o nome do prédio do Fórum Central. Ele foi um grande magistrado, Deus o levou precocemente. Ele tinha uma liderança muito forte no Tribunal, era uma pessoa conciliadora, encontrava caminhos para harmonizar as relações. Quando ele se foi, chocou a todos nós. Era novo, tinha um caminho todo pela frente. O presente dele já era bonito e víamos um futuro mais bonito ainda. Mas essa beleza ficou e estamos dando seu nome a este prédio da justiça de 1º grau, onde ele passou grande tempo da sua vida como um brilhante juiz criminal, um magistrado digno, sério, que teve uma carreira brilhante e vai inspirar novos magistrados", afirmou o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo.

O filho do homenageado, Pedro Boente, falou representando a família. “Agradeço em nome do meu pai, orgulhosamente, por essa homenagem que simboliza o reconhecimento por toda a dedicação por ele investida nessa casa”, disse.

Bacharel em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em 1985, Antonio Jayme Boente ingressou na magistratura em 1991. Foi presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral, atuou na Coordenadoria dos Juizados Especiais Criminais, com foco em eventos de grande porte e na área esportiva, além do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário. O magistrado também presidiu a Comissão de Segurança Institucional do Poder Judiciário e trabalhou na 1ª Câmara Criminal. Faleceu em 9 de abril de 2022, aos 62 anos, vítima de um infarto.

Museu da Justiça
O prédio do Antigo Palácio da Justiça, onde hoje funciona o Museu da Justiça, também recebeu um novo nome nesta segunda, passando a se chamar Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro.

“Foi o presidente que ficou mais tempo na chefia do Poder Judiciário e também o que idealizou a construção deste prédio. Isso é muito importante para que nós conservemos a memória daqueles que nos antecederam. Pensei que seria uma ótima oportunidade dar o nome deste prédio de desembargador Caetano. Fico muito feliz com essa homenagem, é uma honra para o Judiciário reconhecer seu papel na história do Judiciário fluminense”, compartilhou o presidente Ricardo Rodrigues Cardozo.

Descendente do homenageado, o desembargador Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro falou em nome da família, representada também pelo desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa. “Para mim, é um momento de muita honra e de muita emoção participar desta solenidade simples, mas muito representativa para todos nós da família. É muito marcante ver a sensibilidade do presidente do Tribunal em reconhecer e resgatar o nome de um século atrás. Foi a primeira sede do Tribunal do Rio. E, para mim, tem um significado muito especial. Fui presidente do Tribunal do Júri neste prédio aqui por 14 anos, fui o juiz que mais tempo ficou à frente do 1º Tribunal do Júri da Capital, cujo último julgamento se encerrou neste prédio sob a minha presidência, antes de passar para as novas instalações”, afirmou.

O desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro se formou em Direito pela Universidade de São Paulo.  Foi presidente da Corte de Apelação do Rio de Janeiro no período de 1916 a 1924, tendo sido o presidente que mais tempo o presidiu.

Participaram ainda das solenidades o corregedor-geral da Justiça, desembargador Marcus Basílio, o desembargador Cleber Ghelfenstein, a presidente da Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), juíza Eunice Haddad, entre outros.

SF/MB

Foto: Brunno Dantas/TJRJ