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Cristo Redentor é iluminado em apoio à campanha "Agosto Lilás"
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 08/08/2025 13h27
Iniciativa, que marca os 19 anos da Lei Maria da Penha, é pela conscientização da importância da luta contra a violência que atinge mulheres e meninas

A coordenadora da Coem, desembargadora Adriana Ramos de Mello ; a primeira-dama do Estado, Analine Castro, e integrantes de órgãos da rede apoio às mulheres vítimas da violência doméstica posam diante do Cristo Redentor iluminado na cor liás com o padre João Damasceno

Mesmo sob neblina e frio, o maior cartão postal do país, o monumento Cristo Redentor, foi iluminado pela cor lilás às 20h de quinta-feira, dia 7 de agosto, data que marca 19 anos da Lei Maria da Penha. A cerimônia integrou a campanha “Agosto Lilás”, uma ação que busca a conscientização sobre a violência contra meninas e mulheres. A iniciativa contou com a participação de representantes da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Polícia Militar, Patrulha Maria da Penha, Secretaria de Estado da Mulher, entre integrantes da rede apoio às mulheres vítimas de violência, e do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor.

O evento, aos pés do Redentor, além de promover visibilidade à causa, reforçou o papel de ferramentas públicas, como o aplicativo Rede Mulher, a atuação da Patrulha Maria da Penha, os Centros Especializados de Atendimento à Mulher, o aplicativo Maria da Penha, as Salas Lilás nos Institutos Médicos Legais (IMLs) e o Observatório Judicial de Violência contra a Mulher. 

A coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem), desembargadora Adriana Ramos de Mello, por vezes emocionada ao longo da cerimônia, destacou os vários projetos de acolhimento às mulheres. De acordo com a magistrada, como uma articulação integrada, em conjunto com as instituições, eles são essenciais para a redução dos índices de crimes de gênero que, conforme alertou, seguem sendo praticados. Inclusive, os de feminicídio, que deixam crianças sem mães.  Ela ressaltou, ainda, a necessidade da construção de mais políticas públicas  integradas em apoio às vítimas.

A coordenadora da Coem, desembargadora Adriana Ramos de Mello, destacou a importância da iluminação do Cristo Redentor de lilás para a divulgação da Lei Maria da Penha e das iniciativas de apoio às mulheres e meninas vítimas de agressões

“O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro dá um passo importante junto ao Santuário do Cristo Redentor em busca da proteção de meninas e mulheres, além de disseminar a Lei Maria da Penha, com o principal objetivo de protegê-las de todas as formas de violência”, ressaltou a desembargadora, ao falar sobre a realização do evento em um local tão emblemático para o país e diante de uma plateia comprometida com o objetivo, incluindo a primeira-dama do Estado, Analine Castro.  

A subsecretária da Secretaria de Polícia Militar do Rio de Janeiro (SEPM), tenente-coronel Gabryela Dantas, informou que uma nova frota da Patrulha Maria da Penha será disponibilizada em breve. A coordenadora da Patrulha Maria da Penha, major Bianca Ferreira, e a secretária de estado da Mulher, Heloisa Aguiar, também estiveram presentes e reforçaram, em suas falas, a importância  da união para fortalecer o combate contra esse tipo de violência.

A primeira-dama Analine Castro enfatizou que a cerimônia de iluminação do Cristo serve para dar visibilidade a todo o trabalho feito em defesa das mulheres e destacou a importância de se falar sobre um tema tão delicado. “Temos que celebrar as vidas que foram salvas pela Lei Maria da Penha e toda essa mobilização durante esses 19 anos. Esse dia também serve para lembrar aquelas que se foram e dar força para continuar o trabalho”, disse. 

A cerimônia foi aberta pelo padre João Damasceno, vigário colaborador do Santuário Cristo Redentor, que elogiou o trabalho “abençoado” desenvolvido pelos representantes da rede de apoio, e recebeu a todos com as orações “Pai Nosso” e “Ave Maria”.  Na ocasião, a coordenadora de projetos sociais do consórcio Cristo Sustentável, Silvia Gonzaga, falou sobre a meta de 10 toneladas de doações para a campanha do agasalho, em que cerca de oito toneladas de peças foram entregues à organização.

Músicos da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado do Rio de Janeiro tocaram obras de Carlos Gomes, Milton Nascimento e Adoniran Barbosa

Nos últimos momentos, com o Cristo Redentor já iluminado com a cor lilás e sem a neblina inicial, a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado do Rio de Janeiro tocou obras históricas como “Burrico de pau”, do compositor Carlos Gomes, e “Maria Maria” de Milton Nascimento, entre outras, para retratar a força da mulher brasileira, finalizando com “Trem das Onze”, de Adoniran Barbosa. 

Após a foto oficial, o padre João Damasceno encerrou o evento fazendo uma analogia com as condições climáticas do início da cerimônia. “Que possamos levar a alegria dessa renovação espiritual desta noite. Nós atravessamos uma névoa, pois a vida, às vezes, é assim, e, depois que ela passa, podemos olhar de forma nítida. A presença da lua representa a Nossa Senhora, que todas as mulheres possam receber essa benção.”

VS/FS

Fotos: Felipe Cavalcanti/ TJRJ