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Dia do Estagiário: jovens estudantes celebram data e enaltecem experiência positiva no TJRJ
Notícia publicada por Secretaria-Geral de Comunicação Social em 18/08/2025 13h

Os estagiários Tatiana Vanessa Silva dos Santos, Rodrigo da Paixão Nogueira e Laís Caroline Franken Dutra em seus ambientes de trabalho

O dia 18 de agosto celebra o Dia do Estagiário, uma etapa marcante no desenvolvimento profissional e acadêmico dos estudantes. É nesta fase que as teorias aprendidas em sala de aula são colocadas em prática, que o ambiente de trabalho é vivenciado e que a troca de experiência com outros profissionais se torna fundamental na construção da carreira de quem está começando. E, para comemorar a data, reunimos três estagiários – do total de 5.369 que atuam no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) –, para contar os seus aprendizados e a contribuição de cada um no dia a dia do Judiciário fluminense.

Há um ano estagiando no TJ do Rio, Tatiana Vanessa Silva dos Santos não se intimida com o vai e vem de advogados no cartório da 8ª Vara Cível do Rio. Muito pelo contrário. Nem mesmo a rotina puxada de conciliar a graduação em Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o estágio e morar em Itaboraí – município localizado a duas horas do Fórum Central – faz ela perder o entusiasmo com tudo o que vem aprendendo.

“É muita vontade de vencer na vida e contribuir para a sociedade. Acho que a gente não veio a esse mundo à toa. A gente veio para contribuir. E, de certa forma, o Direito é uma área que abre muitas portas, não só para o crescimento profissional, mas também para a contribuição junto à sociedade. O Tribunal abriu um norte na minha mente. Na faculdade você aprende a teoria, mas a prática é outra coisa. Aqui vejo o processo no dia a dia e como funciona todo o rito processual”, contou a estudante.

E não são apenas estudantes de Direito que procuram o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.  Rodrigo da Paixão Nogueira é estudante do 6º período de Psicologia e está lotado no Departamento de Saúde (Desau) do TJRJ. Aos 28 anos e em seu primeiro estágio na área, o universitário avalia que o conhecimento que vem adquirindo está fazendo toda a diferença no seu desempenho acadêmico.

“A experiência que estou tendo aqui no Tribunal vai contribuir 100% com o meu futuro. Senti muita diferença durante as minhas aulas na faculdade. Pude perceber que o que estou vendo na prática me fez compreender com ainda mais facilidade aquilo que eu vinha sendo orientado pelos meus professores na graduação. Aqui temos contato com as pessoas diretamente e passamos a entender as peculiaridades daquilo que víamos na teoria sendo aplicado na prática. A equipe é amplamente profissional e me senti acolhido desde o primeiro dia em que eu cheguei aqui”, revelou o estudante.

Recepção e preparação para receber estagiária com deficiência visual

Laís Caroline Franken Dutra, de 28 anos, é gaúcha de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, com deficiência visual e também estudante de Psicologia. Após uma lesão em um dos olhos, ela foi diagnosticada com oftalmia simpática, uma doença ocular rara e grave que causa inflamação bilateral. Quando tinha apenas 1 ano e 10 meses, Laís um sofreu um acidente em casa, um arame farpado da residência perfurou seu olho direito. Desde março deste ano estagiando no Desau, ela lembrou com carinho como foi acolhida no Tribunal e a recepção que recebeu. A universitária contou que o diretor do Departamento de Acessibilidade e Inclusão Social (Deais), Marcio Castro de Aguiar, deu um treinamento para equipe antes da sua chegada.

“Quando cheguei ao TJ, quase chorei. A equipe fez uma festa para me receber, são todos muito solícitos. Se tenho que fazer algo, eles sempre perguntam antes se eu consigo, sempre me deram liberdade. Aprendi aqui que se pode trabalhar, sim, com aquilo que a gente ama, dando ao outro a oportunidade de ficar bem com o seu trabalho também. Queria estagiar em algo que fizesse sentido, fazer a diferença na vida das pessoas. Aqui acompanho as perícias e visitas técnicas a outros fóruns. É um trabalho voltado ao atendimento de servidores, terceirizados, estagiários e residentes que buscam a gente. Cada dia é uma demanda diferente. Não fica aquele trabalho engessado, em que eu vou fazer algo só programado. Na faculdade, a gente vê pinceladas de aonde podemos chegar. Aqui temos troca com os servidores, psicólogos e médicos", explicou a jovem.

Contribuição na geração de novos profissionais

                            A psicóloga Amélia Cristina ressalta a importância da troca com os estagiários

Servidora há 28 anos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e atualmente chefe do Serviço de Saúde Mental Ocupacional, a psicóloga Amélia Cristina Domingues Alves atua diariamente com o Rodrigo e a Laís. Ela conta que a sinergia entre os três é muito grande.

“Conviver com jovens é muito bom. Sempre faço questão de que participem dos atendimentos. Eles fazem muitas contribuições, perguntas, tecem considerações. Sempre tive muito claro para mim que estagiário tem que aprender, trabalhar no local de atuação e auferir ganhos, sair enriquecido de experiências e aprendizados”, ressaltou a servidora, que se lembrou emocionada do seu primeiro estágio. “Estagiei na Casa das Palmeiras, que ainda existe, e é um hospital que tem a proposta de evitar a reinternação e tratar a pessoa com transtorno mental de uma forma muito humana, integrada na sociedade. Até hoje tenho muito orgulho de ter feito parte.”

IA/ SF

Fotos: Rafael Oliveira/TJRJ