Independência do Brasil é tema de aula pública no Museu da Justiça
A professora Márcia Amantino foi a responsável pela aula pública sobre a Independência do Brasil
No mês em que se celebra o Dia da Independência do Brasil, a sede do Museu da Justiça de Niterói foi palco de uma aula pública, na última quarta-feira, 10 de setembro, que propôs uma abordagem crítica e reflexiva para o tema. Com o título de “As várias faces da Independência do Brasil”, a atividade foi conduzida pela professora do Programa de Pós-graduação da Universidade Salgado de Oliveira (PPGH - Universo) e doutora em História Márcia Amantino.
Durante a aula, professora explicou ao público que a independência brasileira se deu por meio de um processo complexo, que teve início bem antes da declaração de Dom Pedro às margens do Rio Ipiranga.
Márcia Amantino relatou que a pintura “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, que retrata esse momento, assim como alguns outros símbolos históricos, foi uma tentativa de construir uma identidade nacional, que faltava ao Brasil após se desvencilhar do domínio português. Ela também mencionou que, embora esses símbolos tragam a sensação de que a separação entre Brasil e Portugal tenha ocorrido de forma pacífica, o período, na verdade, foi marcado por disputas políticas, brigas pelo poder e até mesmo conflitos armados. Além disso, explicou que, mesmo com a independência, algumas formas de exploração seguiram vigorando no território brasileiro.
“O que a gente chama de independência não foi uma luta nacionalista, a população não se juntou em nome de uma identidade, de uma nação. Na verdade, foi algo liderado pelas elites, que resultou na manutenção de práticas do período colonial, como a escravidão e a grande concentração de terra”, afirmou Márcia.
PB/IA