Arte e imaginação marcam atividades com pequenos artistas no Centro Cultural do Poder Judiciário
Crianças participam de oficina de colagem em ação promovida pelo CCPJ
Quem passou, na quinta-feira, 25 de setembro, pelo Café Filosófico do Edifício Desembargador Caetano Pinto de Miranda Montenegro encontrou um cenário cheio de camisas temáticas, tranças nos cabelos e muita concentração nas atividades. A cena emocionou a advogada e idealizadora do Projeto Dona Nica, de Japeri, Adilaine Silva Soares.
“Carrego dentro de mim a esperança de que a arte transforma vidas. Conseguir tirá-los de Japeri para ter um outro ponto de vista e, por meio dessas atividades artísticas, ver mudança de comportamento, interação e o desenvolvimento deles traz ainda mais esperança de que a gente está no progresso certo, um caminho de luz”, afirmou.
A arteterapeuta Tania Bordeira encantou as crianças do Projeto Dona Nica e da Escola Municipal Senador Corrêa com a história do livro A Joaninha. Atentos e curiosos, meninos e meninas mergulharam na narrativa. Em seguida, a oficina de colagem encheu o espaço de criatividade: cada criança pôde criar o seu próprio jardim. O encontro foi promovido pelo Centro Cultural do Poder Judiciário (CCPJ).
As invenções foram muitas. O jovem Max, empolgado, fez um jardim com um jacaré de boca gigante e um pavão montado com forma de doce. Ele revelou que seu animal favorito é o elefante, mas que, no jardim, preferiu deixá-lo de fora para não atrapalhar os outros bichos. Nathaly usou palitos para representar a igreja que frequenta e, com pontas de lápis, criou uma arte abstrata. Já Maria Fernanda soltou a imaginação: tampinhas de água viraram blocos de gelo e, sobre eles, viveu um pinguim desenhado por ela.
Tania Bordeira destacou a empolgação dos pequenos artistas e ressaltou como a arte exerce um papel inclusivo e democrático. “Podemos criar coisas simples com materiais simples, como folhas de papel, canetinhas, lápis, canudos ou formas de docinho. Mesmo assim, eles criam e deixam a imaginação rolar solta. Isso não tem preço”, explicou, ao comentar a proposta de utilizar materiais acessíveis.
Para encerrar o encontro, a diretora do CCPJ, Ana Paula Teixeira Delgado, convidou as crianças para um dos momentos mais esperados: a hora do lanche. Em coro, entre risadas e muita fome, elas entoaram animadas: “Lanche, lanche, lanche!”, finalizando esse momento feliz.
VS/SF
Fotos: Felipe Cavalcanti/ TJRJ