Museu da Justiça celebra a Semana de Luta da Pessoa com Deficiência em edição especial da Troca de Livros
Da esquerda pra direita: Siléa Macieira, diretora do Museu; Adeir Barbosa Lemos, servidora do TJRJ/Museu da Justiça; Rafael Cunha Crespo, pedagogo e mestre em Educação; Tom Oliveira, coordenador do Troca de Livros
Na Semana de Luta da Pessoa com Deficiência, o Museu da Justiça promoveu uma edição especial do programa “Museu Convida com Troca de Livros” nesta quinta-feira, 25 de setembro. Na abertura do evento, a diretora do Museu da Justiça, Siléa Macieira, destacou a movimentação de diversas áreas do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) voltadas para as pessoas com deficiência. “Essa pauta também é do Museu, porque nós conseguimos ver na nossa atuação a busca pela pacificação social ao colocar essas questões em evidência.”
Dois convidados fizeram parte de um debate que tratou de diferentes temas envolvendo o cotidiano das pessoas com deficiência na sociedade. O primeiro a falar foi o pedagogo e mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rafael Cunha Crespo, que atua como professor de apoio educacional especializado na rede municipal de Niterói. Em razão de um câncer ósseo descoberto há seis anos, passou a ter dificuldades de locomoção por conta do tratamento e se tornou uma pessoa com deficiência.
“Eu ando de forma diferente, mas também vejo e me relaciono com o mundo de uma maneira diferente. A deficiência é parte da diversidade humana, e o que precisa ser modificado não é o corpo de um PCD, mas sim a forma como a sociedade nos enxerga e acolhe.”
Ao lado dele estava Adeir Barbosa Lemos, que é deficiente visual e completará 28 anos como servidora do TJRJ em outubro. Vinculada ao Serviço de Acervo Textual, Audiovisual e de Pesquisas Históricas (Seata), ela é responsável por realizar as transcrições de entrevistas do Programa de História Oral do Poder Judiciário.
Embora tenha relatado um pouco de nervosismo ao conversar com o público, deixou uma mensagem sobre a necessidade de divulgar ações voltadas para a luta das pessoas com deficiência. “É muito importante trazer essa mensagem, informar e esclarecer. Nós precisamos ser incluídos, ter nossos direitos respeitados e fazer com que essas informações cheguem para toda a sociedade.”
Vários obras disponíveis em mais uma edição da Troca de Livros
Além do debate, o público teve a oportunidade de participar da Troca de Livros, que acontece semanalmente no Museu da Justiça e incentiva a circulação de conhecimento e o acesso à leitura. Nessa atividade, os visitantes podem trazer um livro em bom estado e trocar por outro de seu interesse.
PB/IA
Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ