Trilha da Memória terá 6ª edição neste sábado
A 6ª edição da “Trilha da Memória: uma jornada pela Pequena África”, promovida pelo Núcleo de Atenção e Promoção à Justiça Social (Napjus) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), será realizada neste sábado, 1º de novembro. A iniciativa promove um resgate histórico sobre a construção social das desigualdades raciais no país e integra o Programa de Cultivo da Memória do Napjus, uma das frentes estratégicas de atuação do TJRJ na implementação do Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial.
O ponto de encontro será o Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, onde a caminhada terá início às 9h. O percurso inclui paradas em locais de grande importância histórica, como o Mercado de Escravizados, o Cais do Valongo — reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade — e o Cais da Imperatriz. A trilha será encerrada no Cemitério dos Pretos Novos. O circuito será conduzido pela historiadora e servidora do TJRJ Tatiana Lima Brandão.
Criação da iniciativa
Baseada no Decreto nº 34.803, de 29 de novembro de 2011 — que instituiu o Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana —, a iniciativa foi criada pelos Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (Cogens).
A atividade, idealizada inicialmente pelo Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) sob o nome de “Circuito de Herança Africana”, foi criada não apenas como uma visita aos pontos históricos relacionados à política colonial escravocrata da época, mas como uma narrativa com início, meio e fim, representando o caminho percorrido pela pessoa negra que chegava escravizada ao porto do Rio de Janeiro. Sua primeira edição ocorreu em 25 de maio de 2024 e reuniu cerca de 80 participantes, número que vem crescendo a cada edição.
Percurso completo
O tour abrange a região conhecida como Pequena África, parte significativa da zona portuária do Rio de Janeiro, e inclui pontos de grande valor histórico e cultural, como a Praça Mauá, a Igreja de São Francisco da Prainha, o Painel Hilário Jovino, a Casa da Escrevivência, o Largo de São Francisco da Prainha, a Pedra do Sal, o Mirante do Morro da Conceição, o Jardim Suspenso do Valongo, o Largo do Depósito, o Espaço Cultural Casa da Tia Ciata (visita externa), o Mercado de Escravizados, o Cais do Valongo, o Cais da Imperatriz, as Docas Pedro II, a Praça da Harmonia — onde ocorreu a Revolta da Vacina — e o Cemitério dos Pretos Novos.
VM/ SF