Desembargador Jessé Torres, uma trajetória de conquistas na área de sustentabilidade
Uma reunião marcada por metas alcançadas, conquistas realizadas, desafios enfrentados e homenagens prestadas. Assim foi o último encontro do desembargador Jessé Torres à frente da Comissão de Políticas Institucionais para Promoção da Sustentabilidade (Cosus), tendo se tornado uma referência no assunto no âmbito do Judiciário fluminense. Ele deixará a magistratura no próximo dia 16, quando se aposenta.
Jessé Torres afirmou que o Tribunal de Justiça do Rio tem se destacado no contexto nacional pela sua atuação articulada e pela elaboração e execução do plano de logística sustentável de cinco anos (2015-2020), com resultados expressivos, que geraram uma economia de cerca de R$ 30 milhões ao TJRJ.
“Todos têm direito a um ambiente ecologicamente equilibrado, é um direito garantido pela Constituição Federal a todo cidadão brasileiro”, destacou.
Para o desembargador, um grande desafio é a mudança de cultura. Em seu entendimento, a pandemia trouxe amostras de que algumas ações podem resultar em alterações positivas. É o caso, por exemplo, do sistema home office de trabalho, que gera economias, como a redução de consumo de energia e a diminuição dos deslocamentos. Ou seja, menos custos e maior preservação de recursos naturais.
“É a visão cultural do tema. Há pessoas, ainda em grande número, que não acreditam, que não levam a sério a questão ambiental, da sustentabilidade. Consideram que isso é algo secundário, sem maior importância, sem maior valor, quando isto é fundamental para que o mundo consiga prosperar, para que a humanidade consiga ter uma melhor qualidade de vida em todos os seus segmentos, em todas as posições, em todas as atividades”.
Ele ressalta ainda que nem sempre a contratação pelo menor preço é a melhor – como no caso das lâmpadas de LED, que são mais caras, mas duram por mais tempo, são mais econômicas e dão ótimo retorno financeiro a médio e longo prazo - e que o cuidado com o meio ambiente deve estar presente em todas as etapas dos processos.
“A preocupação com sustentabilidade deve estar em licitações e projetos também”, lembrou, destacando três eixos de atuação da comissão: educação, comunicação e sensibilização.
Homenagens
A diretora do Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade (Deape), Rosiléa di Masi Palheiro, agradeceu ao desembargador Jessé pelos anos à frente da Cosus.
“Nossa eterna gratidão. Obrigada pelo seu carinho e ensinamentos, o senhor abraçou esta causa”, disse.
O juiz auxiliar da Presidência Pedro Antonio de Oliveira Junior disse que espera poder contribuir com a comissão, a qual passou a integrar, e também elogiou o trabalho desenvolvido pelo desembargador Jessé por uma década. “Quero parabenizar o desembargador Jessé pelo seu belíssimo trabalho”, ressaltou.
O magistrado recebeu ainda a homenagem do desembargador Heleno Nunes, que o substituirá na presidência da comissão. O magistrado já presidiu a Comissão de Permanente de Acessibilidade e Inclusão (Comai) por duas gestões. “Vamos tentar seguir o que o desembargador Jessé vem fazendo todos esses anos”, afirmou.
Jessé Torres agradeceu o trabalho de todos os envolvidos na Cosus. “Agradeço muitíssimo o trabalho daqueles que integraram a comissão, fui apenas um estimulador, mas quem está no campo é que consegue promover mudanças culturais”, disse o magistrado, que agora pretende se dedicar aos netos Maria Eduarda, de 18 anos, e João Vítor, de 10 anos.
A reunião foi realizada em formato híbrido – presencialmente e on-line – e contou com a presença de dezoito pessoas, entre elas a juíza Admara Falante Schneider e a diretora da Divisão de Gestão Ambiental Andrea Salles, também integrantes da Cosus, além de representantes de diversos setores do TJRJ.
SP/FS
Fotos: Felipe Cavalcanti