Nupemec e EMEDI recebem especialistas americanos em mediação
“Os estudos e percepções que tenho a respeito do momento da mediação aqui no Brasil são muito positivos, principalmente em relação a uma lei de mediação (Lei Nº 13.140 /2015), ao Código de Processo Civil e ao envolvimento dos juízes e dos advogados em prol da mediação. Estão no caminho certo”, disse o especialista em mediação Victor Schachter durante palestra para juízes, nesta quarta-feira (08/11), na Escola de Mediação (EMEDI).
Victor Schachter e Jennifer Brandt são americanos e, a convite do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) e da EMEDI, com o apoio do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), vieram palestrar para juízes e mediadores.
Schachter ministrou aula para juízes. Ele disse que há alguns desafios na mediação aqui no Brasil, entre eles, a necessidade de os juízes se empoderarem de referenciais teóricos da mediação: “A ideia é que os juízes tenham cada vez mais contato, de forma sistêmica, a casos referenciados, o que vai gerar mais conhecimento e aumentar a qualidade das decisões judiciais que podem ocorrer em prol das mediações”.
O especialista, presidente da Founder of The Foundation for Sustainable Rule of Law Initiatives (FSRI), foi responsável por levar a mediação para a Índia, Bulgária, Turquia e Croácia, entre outros países. Ele explicou que o encaminhamento do juiz sugerindo a mediação, deixa as partes mais confiantes.
Jennifer Brandt ministrou aula para mediadores sobre empresas familiares. Ela destacou que 70 por cento das empresas ao redor do mundo são empresas familiares, o que torna mais importante a mediação como método de resolução de conflitos.
Ela falou sobre a capacidade de a mediação tratar os conflitos que envolvem essas empresas: “A mera aplicação do Direito de Família ou do Direito Empresarial causa grandes impactos nesses negócios. A mediação deve ser aplicada tanto para grandes conglomerados quanto para o empreendedorismo, com pequenos ou médios negócios”.
Brandt ressaltou que nas empresas familiares é preciso tratar não apenas dos conflitos nos negócios, mas também dos conflitos familiares: “É preciso preservar o relacionamento e a empresa ao mesmo tempo. Não adianta tratar apenas da parte jurídica e deixar de lado os relacionamentos familiares. É preciso conjugar as duas questões. E a mediação é a melhor forma de lidar com essa questão”.
Departamento de Comunicação Interna